Cavernas
Mundo das Cavernas
 
 

> O Mundo das Cavernas
As cavernas são formadas basicamente a partir da ação e circulação da água sobre as rochas. Grande parte das cavernas se desenvolve em rochas calcárias, por serem solúveis. Entretanto, observa-se também a ocorrência de cavernas em outras litologias, tais como quartzitos, arenitos, xistos, granitos e gnaisses. No Brasil, 82% das quase 3.000 cavernas conhecidas e cadastradas junto ao Centro de Estudo, Proteção e Manejo de Cavernas - CECAV-DIREC, do IBAMA, e pela Sociedade Brasileira de Espeleologia - SBE, encontram-se em rochas calcárias.

Nas cavernas ou nas cavidades naturais subterrâneas, importantes informações estão sendo guardadas e conservadas há milhões de anos. Uma vez estudadas, podem auxiliar a humanidade a compreender um pouco mais sobre a história da Terra. Isto é possível naquele ambiente porque a temperatura e a umidade mantêm-se praticamente constantes durante longos períodos. Na ausência da luz solar e de chuvas, o ambiente cavernícola estabelece condições extremamente favoráveis à manutenção de registros de informações do ambiente externo.

Os depósitos de origem química conhecidos como espeleotemas - tais como estalactites, estalagmites, cortinas, travertinos etc - apresentam uma extraordinária beleza cênica e transformam o interior das cavernas em locais que despertam grande interesse, fascínio e admiração nas pessoas. Estes ainda possibilitam, mediante estudos científicos, identificar variações paleoclimáticas e estabelecer datações, sendo ainda fundamentais para estudos mineralógicos, físicos e químicos. Veja mais.

> Portaria de Criação nº 57, de 05 de junho de 1997
- O Centro Nacional de Estudo, Proteção e Manejo de Cavernas - CECAV tem por finalidade propor, normatizar, fiscalizar e controlar o uso do patrimônio espeleológico brasileiro, bem como fomentar levantamentos, estudos e pesquisas que possibilitem ampliar o conhecimento sobre as cavidades naturais subterrâneas existentes no território nacional, fornecendo subsídios, inclusive, para estimular a criação de Unidades de Conservação em ambientes cársticos. Veja mais.

> Saiba mais sobre as cavernas
A presença isolada de formas como as citadas não permite, no entanto, a caracterização de um verdadeiro relevo cárstico. Muitas vezes estas formas, especialmente as subterrâneas, são componentes residuais a testemunhar um relevo cárstico antigo, hoje já totalmente arrasado por força dos agentes geológicos externos, os quais continuamente alteram a superfície terrestre.

Freqüentemente, em regiões tropicais úmidas, o conjunto de feições geomorfológicas típicas do carste sofre um processo de mascaramento, sendo recoberto por uma espessa camada de solo e uma densa e exuberante vegetação.

Já em regiões mais secas como, por exemplo, no Planalto Central, no domínio dos cerrados, tais feições são mais evidentes tanto nas suas macroformas como nas microformas peculiares ao relevo cárstico, como as caneluras e lapiás, que dão ao calcário um aspecto recortado e pontiagudo.

Para haver o desenvolvimento de um relevo cárstico ou para que existam formas cársticas como as cavernas, é necessária a existência de certas condições básicas:

1) Na região deve haver uma considerável espessura de rocha (algumas centenas de metros) que seja razoavelmente solúvel na água levemente acidulada (ácido carbônico) proveniente das chuvas e dos cursos de superfície. A rocha deve estar assentada em blocos espessos e contínuos, ser compacta e cristalina e possuir um elevado grau de diaclasamento (juntas e fraturas) e acamamento (camadas rochosas), principalmente em estratos delgados. O tipo de rocha que melhor se adapta a estas condições e o calcário, o que faz com que uma área cárstica normalmente signifique uma área de calcários com até médio grau de metamorfismo, o que por sua vez, indica que tais rochas sofreram um tectonismo (movimentos e dobramentos) muito ativo.

2) O pacote rochoso deve possuir um "relevo disponível", ou seja, uma elevação da área acima do nível do mar e de porções consideráveis da mesma acima do lençol freático, o que permite a livre circulação da água subterrânea e o completo desenvolvimento das cavernas.

Veja mais.

Fonte: Agência Brasil (www.radiobras.gov.br)
Ministério da Ciência e Tecnologia (www.mct.gov.br)
Ministério do Meio Ambiente (www.mma.gov.br)
Ibama (www.ibama.gov.br)
Agência Ambiental Pick-upau (www.pick-upau.org.br)
Pick-upau – 2006 – São Paulo – Brasil

 
 
 
 

 

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