Investir
em saneamento não é opção, mas
necessidade
Melhorar investimentos e
recursos financeiros para promoção do saneamento
básico. Esse foi o tema do painel “Como aumentar
investimentos em Saneamento e gestão de efluentes?”,
realizado na terça-feira (20), durante o 8º
Fórum Mundial da Água.
Segundo o moderador Jon
Lane, consultor em Saneamento e Água para países
em desenvolvimento e autor do relatório do Conselho
Mundial da Água, “o debate serve para apresentar
diferentes pontos de vista e tentar explorar as ideias e
soluções para os problemas enfrentados com
saneamento, compartilhando essa informação
com políticos e tomadores de decisão”.
De acordo com o Conselho
Mundial da Água, no mundo, 2,1 bilhões de
pessoas ainda não possuem acesso ao saneamento básico.
Isso representa quase um terço da população
mundial. A organização aponta que a situação
é mais acentuada em áreas urbanas por conta
da crescente migração. Apesar de o saneamento
ser amplamente reconhecido por ter um impacto positivo na
saúde e na economia, a questão normalmente
não aparece como prioridade dos políticos.
Atualmente, vários
mecanismos inovadores para financiamento de saneamento básico
estão emergindo. Um exemplo é o do Conselho
Mundial da Água, que iniciou um programa de identificação
e divulgação desse tipo de ação
para ministros e autoridades locais, no intuito de construir
um compromisso político em todos os níveis
para alcançar um saneamento seguro até 2030.
O debate apontou para algumas
recomendações-chaves, como reduzir custos
revertendo taxas em infraestrutura. Além disso, foi
citada a necessidade de estimular o aumento da receita e
atrair dinheiro para o setor, melhorando as condições
de governança e o desempenho dos prestadores de serviço
e apoiar ações e investimentos sustentáveis.
Os palestrantes também
chamam atenção para o fato de que as melhorias
no saneamento básico devem ser vistas não
como opção, e sim uma necessidade. Eles reforçam
que a água tratada gera impacto na saúde e
na economia.
O debate contou com a presença
de Jon Lane (moderador), do Conselho Mundial da Água;
José Carrera, vice-presidente do Banco de Desenvolvimento
Latinoamericano; Andries Ne, da Governança Cooperativa
(CoGta) da Africa do Sul; Fernando Laca, ministro da Construção
e Saneamento no Peru; Issac Ochieng, embaixador do Quênia
no Brasil, em nome do ministro do Saneamento da Água
no Quênia; Liu Xiaoyong, do Centro de Pesquisa de
Desenvolvimento do Ministério dos Recursos hídricos
da China; Firmino da Silveira Soares Filho, prefeito de
Teresina, Brasil.
Posted on Quarta-feira,
Março 21, 2018