EUA vão ajudar a mobilizar US$ 100 bilhões até 2020 na luta pelo clima

Muito tem se falado sobre a criação de um fundo que seria destinado ao combate do aquecimento global. Porém o que não foi discutido até o momento é a definição é de onde tal dinheiro sairá e quem pagará o que continua dando à COP 15 o ar de fútil e inviabilidade. Por isso a declaração feita pela secretária de Estado Hillary Clinton nesta quinta-feira (17) de que Estados Unidos ajudarão a mobilizar US$ 100 bilhões por ano até 2020 para auxiliar países pobres no combate às mudanças climáticas, não transmitiu a confiança que se esperava. Tal declaração pareceu ter outro objetivo: tentar romper o impasse das negociações climáticas da ONU.

"No contexto de um forte acordo, em que a maioria das economias apóia ações atenuantes importantes e dão total transparência sobre sua implementação, os Estados Unidos estão preparados para colaborar com outros países, mobilizando conjuntamente US$ 100 bilhões por ano para lidar com as necessidades relativas às mudanças climáticas nos países em desenvolvimento", disse Hillary em coletiva de imprensa em Copenhague. Hillary conversou com a imprensa ao chegar à Dinamarca para a cúpula da ONU sobre a mudança climática (COP 15), que até amanhã receberá cerca de 120 chefes de Estado e de Governo, entre eles o presidente americano, Barack Obama.

Quanto à origem do dinheiro, a secretária de Estado explicou que o fundo para financiar o combate ao aquecimento global nos países pobres será alimentado por contribuições públicas e privadas, e também por "outras fontes alternativas". A resposta não foi clara o suficiente para convencer os demais participantes da cúpula.

Segundo Hillary, o dinheiro será usado, principalmente, para a adaptação das nações menos desenvolvidas à mudança climática e na proteção das florestas.

"Esperamos que esta verba venha de uma variedade de fontes, públicas e privadas, bilaterais e multilaterais, inclusive fontes alternativas de financiamento", acrescentou. Ela cobrou da China que reveja sua oposição à verificação internacional de suas providências para cortar gases-estufa.

Ao final, Hillary tentou submeter tal promessa de fundo financeiro à mudança de comportamento por parte da China. "Seria difícil imaginar, falando pelos Estados Unidos, que pudesse haver o compromisso jurídico ou financeiro que acabei de anunciar na ausência de transparência do segundo maior emissor (de gases do efeito estufa), e agora, suponho, o maior emissor."

Da Redação
Com G1

 
 
 
 

 

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