Ardil
diplomático permitiu superar falta de texto na COP
15
19/12/09
- Foi divulgado neste sábado, último dia da
Conferência da ONU sobre o Clima (COP 15), um acordo
elaborado pelos representes dos Estados Unidos e do chamado
BASIC – Brasil, África do Sul, Índia
e China, após horas de tensos debates e graças
a um ardil diplomático que permitiu superar os obstáculos
que impediam a adoção de um texto de consenso.
Pois o protocolo das Nações Unidas aceita
apenas decisões por unanimidade, a oposição
de apenas um país já seria suficiente para
inviabilizar um acordo em Copenhague.
O
documento estabelece número mínimo de questões
de forma vaga, como o reconhecimento da necessidade de limitar
o aumento da temperatura média do planeta em 2º
C em relação a se nível pré-industrial.
Mas não específica os números das metas.
O
texto não foi bem recebido por Cuba, Venezuela, Bolívia
e Sudão, que criticaram a insuficiência das
medidas e a exclusão da maioria dos países
do processo decisório. Isso ameaçava adoção
do texto obrigatoriamente por consenso, depois de uma noite
de duros debates.
Assim
como o presidente americano Barack Obama, muitos países
admitiram que o conteúdo do texto alcançado
é insuficiente, mas aceitaram o documento como uma
forma de fazer avançar na negociações,
tirando o processo do estancamento.
Antes
do anúncio do acordo, o presidente Luiz Inácio
Lula da Silva confessou sua frustração em
relação às negociações
e garantiu que o Brasil está disposto a fazer sacrifícios
para financiar os países pobres. Lula ainda condicionou
a contribuição a um sucesso concreto em Copenhague:
"Estamos dispostos a participar nos mecanismos financeiros
se alcançarmos um acordo sobre uma proposta final
nesta conferência".
Da
Redação
Com G1/France Presse
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