INPE divulga dados da emissão de CO2 por desmatamento na Amazônia

Ricardo Lemos/MCT - Carlos Nobre apresentando pesquisa do Inpe sobre emissão de CO². - 25/11/2009 - Pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCT) desenvolveram uma metodologia para quantificar as emissões de CO² por desmatamento na Amazônia Legal. O estudo aponta as emissões de toda a extensão da floresta e também por região, que abrange os estados do Tocantins, Acre, Pará, Amazonas, Roraima, Rondônia, Mato Grosso, Amapá e Maranhão.

Os dados apresentados ontem (24), em Brasília, pelo chefe do Centro de Ciência do Sistema Terrestre, Carlos Afonso Nobre, revelam que o desmatamento na Amazônia contribuiu consideravelmente para as emissões globais de dióxido de carbono (CO²), um dos gases causadores do efeito estufa. Em 2008, as emissões atingiram 500 milhões de toneladas de CO².

O estudo retrata ainda a contribuição de cada estado para a concentração de CO² na atmosfera. De acordo com a metodologia, os estados que mais contribuem com a emissão do CO² são Pará, Rondônia e Mato Grosso. A pesquisa calculou as emissões anuais a partir do desflorestamento na Amazônia Legal, combinando o mapa de biomassa, que representa a heterogeneidade intra-regional dos valores de biomassa e os dados de incremento de desmatamento a partir do monitoramento da floresta amazônica brasileira por satélite do sistema Prodes de 2003 a 2008.

Os pesquisadores envolvidos na metodologia ressaltaram outros atores de emissões de CO². A queima da madeira no primeiro ano após sua retirada chegou a quase 200 milhões de toneladas de CO² em 2008. A queima nos anos subseqüentes chegou a cerca de 50 milhões de toneladas. Já a emissão líquida de CO², considerando desmatamento de florestas primárias e dinâmica da vegetação secundária na Amazônia, atingiu cerca de 600 milhões de toneladas, em 2008.

De acordo com Nobre, os próximos passos para o estudo são a inclusão de emissões de metano e óxido nitroso por queimadas, aprimoramento do modelo de dinâmica de vegetação secundária e desmatamento, parcerias com instituições de outros países amazônicos para estender estimativas para toda a Bacia e o acoplamento com modelos de mudanças de uso da terra para projeção de cenários.

Cálculos

Para o cálculo das emissões de CO², o Inpe considerou os dados do sistema Prodes, que monitora por satélite e quantifica as áreas desmatadas na Amazônia. O estudo apresenta resultados até 2008 e projeções até 2020, sendo que um dos cenários considera a redução de 80% do desmatamento em relação aos níveis atuais, meta proposta pelo governo Federal. Para subsidiar políticas de redução de desmatamento e emissões, os pesquisadores analisaram vários parâmetros de remoção florestal, como corte, queima, exploração seletiva de madeira, decomposição dos restos, regeneração, entre outros.

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Inpe calcula emissões de CO² por desmatamento na Amazônia

24/11/2009 - O desmatamento contribuiu consideravelmente para as emissões globais de dióxido de carbono (CO²), um dos gases de efeito estufa, causadores do aquecimento global. Ter medidas confiáveis sobre a quantidade CO² lançado à atmosfera pela retirada das florestas tropicais é um dos atuais desafios dos especialistas em mudanças climáticas no mundo todo.

Estudo do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCT) pode responder qual a contribuição do desmatamento na Amazônia Legal Brasileira para as emissões globais de CO².

Os resultados do estudo Estimativa das Emissões de CO² por Desmatamento na Amazônia Brasileira serão apresentados hoje (24), em Brasília, na 1ª Reunião do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (PBMC), instalado pela manhã pelos ministros da Ciência e Tecnologia (MCT) e do Meio Ambiente (MMA), respectivamente, Sérgio Rezende e Carlos Minc.

Para o cálculo das emissões de CO², o Inpe considerou os dados do seu sistema Prodes, que monitora por satélite e quantifica as áreas desmatadas na Amazônia. O estudo apresenta resultados até 2008 e projeções até 2020, sendo que um dos cenários considera a redução de 80% do desmatamento em relação aos níveis atuais, meta proposta pelo governo federal.

Para subsidiar políticas de redução de desmatamento e emissões, os pesquisadores analisaram vários parâmetros de remoção florestal, como corte, queima, exploração seletiva de madeira, decomposição dos restos, regeneração, entre outros.

Do Ministério da Ciência e Tecnologia

 
 
 
 

 

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