ONU reconhece dificuldades em negociar e chegar a acordo para documento final na Rio+20
 

14/06/2012 - 13h13 - Meio Ambiente - Renata Giraldi - Enviada Especial - Rio de Janeiro – O diretor do Departamento de Desenvolvimento Sustentável, Assuntos Econômicos e Sociais da Organização das Nações Unidas (ONU), Nikhil Seth, um dos principais negociadores da Conferência das Nações Unidas sobre Sustentabilidade, a Rio+20, reconheceu hoje (14) que há uma série de dificuldades para obter um acordo e fechar o documento final. Diplomático, ele disse que as dificuldades se concentram nas “diferentes interpretações” de cada país sobre questões específicas.

Porém, Seth admitiu que os problemas se concentram em eliminar as divergências sobre seis temas, como a definição de metas, as tecnologias, os financiamentos, a capacitação de pessoas para a execução de programas relacionados ao desenvolvimento sustentável, a compreensão sobre o que significa e representa economia verde e a criação de novas instituições.

Seth disse que até a semana passada, quando os negociadores fecharam o último rascunho do documento, havia 21% acordados. Segundo ele, o percentual subiu para 25%. No entanto, Seth apelou para evitar que se trabalhe com percentuais.

“O acordo deve passar por todo o texto. Não é bom usar essa estatística para avaliar quanto trabalho ainda falta. Mas no documento, ao resolver as questões principais, estará solucionado o texto como um todo”, disse, referindo-se às principais pendências.

A expectativa é que os negociadores fechem a última versão do documento até o dia 19 para que os 115 chefes de Estado e de Governo, que se reúnem, de 20 a 22 de junho, possam assiná-lo. Seth lembrou que é comum, em cúpulas, que a versão final dos textos fique pronta às vésperas da reunião dos líderes políticos.

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Rio+20: indígenas estão preocupados com preservação de terras e economia verde

14/06/2012 - 11h15 - Meio Ambiente - Da Agência Brasil - Rio de Janeiro – Reunidos na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), indígenas de 20 etnias das Américas e da Ásia estão preocupados com a preservação de suas terras e com a forma como essas populações serão inseridas no desenvolvimento da economia verde. Na avaliação do articulador dos índios da Rio+20, Marcos Terena, esses povos já manifestaram o receio de que os recursos naturais se misturem com a lógica da economia formal.

“Nós não concordamos com isso e é preciso que a economia verde não seja apenas um slogan, não seja apenas um detalhe de cores ou de argumentos teóricos, já que, no nosso ponto de vista, a pobreza não está nas comunidades indígenas, mas na modernidade, nos grandes centros urbanos”, destacou.

Os representantes das 20 etnias estão concentrados na Aldeia Kari-Oca, localizada em Jacarepaguá, zona oeste da capital fluminense. Ao final das discussões, que vão durar três dias, será elaborado um documento com sugestões a ser entregue aos chefes de Estado que estarão reunidos na conferência, entre os dias 20 e 22 de junho, no Riocentro.

No final da tarde de hoje (14) haverá a inauguração da Oca dos Sábios e a abertura dos Jogos Verdes, competição disputada entre os índios. O início dos jogos será marcado com uma cerimônia espiritual, apresentações de danças e a execução do Hino Nacional brasileiro em português e em guarani. Os jogos vão até o próximo dia 22, quando será assinado um protocolo entre as nações indígenas formalizando o pedido para que os Jogos Indígenas Mundiais, previstos para 2013, sejam realizados no Rio de Janeiro.

De acordo com Terena, o pedido será entregue ao prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes. A expectativa é que 1,5 mil indígenas de pelo menos 12 países das América, além de povos de algumas nações da Ásia, participem da competição em 2013.
Fonte: Agência Brasil

 
 
 
 

 

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