É preciso zerar degradação dos solos, alerta ONU no Dia Mundial de Combate à Desertificação
 

17/06/2012 - Após 20 anos da criação da Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação (UNCCD), 10% dos solos estão em processo de recuperação, contra 25% ainda gravemente degradados. Se a tendência persistir o mundo não dará conta das demandas futuras por alimento e energia, alertou o Secretário Executivo da UNCCD, Luc Gnacadja, em coletiva de imprensa no Riocentro para marcar o Dia Mundial de Combate à Desertificação, celebrado hoje, 17 de junho.

“Esquecemos que a terra é um recurso escasso. O Planeta tem apenas 3% de terras naturalmente férteis. A cada ano 12 milhões de hectares de áreas produtivas se convertem em terras áridas por conta de secas e processos de desertificação”, informou Gnacadja.

Degradação Zero
A expectativa, no entanto, é multiplicar experiências positivas de recuperação dos solos com a meta de zerar a degradação nos próximos vinte anos. A estratégia é vincular os programas de preservação e recuperação às políticas de segurança alimentar, erradicação da pobreza, geração de empregos e instrumentos de monitoramento contínuo do meio ambiente.

“Tenho 12 anos e eu quero ter uma terra limpa e saudável, e quero que isso se mantenha para as gerações que virão. Não podemos esperar que os outros façam algo por nós. O [rio] Amazonas corre o risco de se tornar um pequeno riacho no meio de um deserto”, disse Kehkashan Basu, que acompanhou a coletiva.

“Essa indiferença e inação me incomodam muito”, acrescentou Basu, vencedora da Competição Infanto-Juvenil promovida pela UNCCD.

A Convenção foi um dos resultados da Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Rio-92, e entrou em vigor em 1996.

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UNU e PNUMA recomendam acelerar implementação de estrutura contábil baseada em riqueza

17/06/2012 - Países devem acelerar o processo de transição de uma estrutura contábil baseada em renda para uma estrutura contábil de riqueza, recomenda o relatório sobre Índice de Riqueza Inclusiva (IRI), lançado hoje (17/06) pela Universidade das Nações Unidas (UNU) e pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) em evento paralelo à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20).

O IRI vai além Produto Interno Bruto (PIB) e do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) para incluir uma ampla gama de ativos – como o capital manufaturado, humano e natural – para apresentar as perdas causadas pelo crescimento econômico para as próximas gerações no total das riquezas de um país, tornando a análise e a formulação de políticas mais fieis à realidade.

“A importância em cuidar de todo o leque de bens de capital de um país torna-se particularmente evidente quando o crescimento populacional é levado em conta”, afirmou Diretor Executivo do Programa Internacional de Dimensões Humanas sobre Mudança Ambiental Global da UNU, professor Anantha Duraiappah.

Para o professor, o crescimento econômico apresentado pelo PIB mascara o fato de que os recursos naturais estão se esgotando.

O documento conclui que 25% dos países com tendência positiva quando medido pelo PIB per capita e pelo IDH, computaram IRI per capita negativo; o capital humano tem aumentado em todos os países e é a forma de compensar a diminuição do capital natural na maioria das economias.
Fonte: ONU

 
 
 
 

 

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