Cerca
de 900 mil pinguins desapareceram em arquipélago
Cientistas
tentam descobrir as causas
31/03/2020 – Segundo
pesquisadores da Agência Nacional Francesa de Pesquisa,
(CNRS –
Centre National de la Recherche Scientifique, na sigla original),
cerca de 900 mil pinguins-rei (Aptenodytes patagonicus)
desapareceram. Os cientistas investigaram a ilha vulcânica
Île aus Cochons, localizada entre Madagascar e a Antártida.
Os cientistas realizaram
a expedição no arquipélago subantártico
de Crozet, que faz parte das Terras Austrais e Antárticas
Francesas, administradas pela França, com objetivo
de descobrir o motivo desse desaparecimento em massa, no
entanto, nenhuma das hipóteses levantadas pôde
ser comprovada.
Reprodução/Wikipedia/Pixabay
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O ecologista Henri Weimerskirch,
da CNRS, diz que a ilha, localizada no sul do Oceano Índico,
mantinha a maior comunidade de pinguins-rei do mundo nos
últimos anos e a segunda maior colônia entre
todas as 18 espécies de pinguins.
A expedição
realizada em novembro de 2019, registrou diversas clareiras
nos locais onde várias gerações de
pinguins viviam. Os pesquisadores acreditam que os pinguins
migraram por uma rota marítima e não retornaram
à sua ilha de origem. A ausência de grupos
nas ilhas próximas reforça a teoria.
Entretanto, quando analisada
as características da espécie as dúvidas
surgem. Os pinguins-rei são normalmente aves fiéis
ao local de nascimento e ao primeiro local de reprodução.
Segundos os pesquisadores, não é provável
que indivíduos adultos e jovens da ilha tenham comportamento
diferente de outras colônias.
Para obter mais dados, os
pesquisadores instalaram armadilhas fotográficas
de visão noturna para tentar registrar gatos e ratos,
que foram introduzidos na ilha por baleeiros e caçadores
há muito anos. Esses animais costumam comer ovos
e filhotes de aves marinhas. No entanto, nenhuma evidência
foi registrada nesse sentido.
Reprodução/Wikipedia/Pixabay
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Também foram coletadas
amostras de sangue dos pinguins, com objetivo de identificar
alguma doença. Os pesquisadores ainda desenterraram
alguns ossos para análises de outras evidências
ecológicas recentes, incluindo a mudança da
dieta.
Os pesquisadores buscaram
outras evidências como erupções vulcânicas,
em imagens de satélite e fotografias aéreas
de um possível tsunami, mas ambas as situações
foram descartadas. Os cientistas entendem que outros dados
precisam ser analisados para que explicações
sobre o desaparecimento ou declínio dos pinguins
sejam elucidados. As informações foram publicadas
na revista Science.
Projeto Aves realiza diversas
atividades voltadas ao estudo e conservação
desses animais. Pesquisas científicas como levantamentos
quantitativos e qualitativos, pesquisas sobre frugivoria
e dispersão de sementes, polinização
de flores, são publicadas na Darwin Society Magazine;
produção e plantio de espécies vegetais,
além de atividades socioambientais com crianças,
jovens e adultos, sobre a importância da conservação
das comunidades de avifauna.
Da Redação,
com informações da Revista Science/MSN
Fotos: Reprodução/Pixabay/Wikipedia