Aves
mudam comportamento durante quarentena na Nova Zelândia
Com
menos movimento de humanos, animais têm aparecido
nas ruas e casas
05/06/2020 – Conhecida
no mundo inteiro pelas belas paisagens naturais e vida selvagem
abundante, com muitas espécies endêmicas, ou
seja, encontradas apenas em seu território, a Nova
Zelândia tornou-se destino certo para pesquisadores,
cientistas, aventureiros, amantes da natureza e cineastas
que buscam as paisagens espetaculares, um exemplo é
a franquia Senhor dos Anéis e Hobbit que foi rodada
no país.
Agora nesse período
de pandemia a Nova Zelândia foi notícia por
conta da eficiente implantação de protocolos
e barreiras contra o novo coronavírus, que rendeu
ao país importantes números em relação
a outros países afetados pela pandemia. Com um lockdown
bem executado (restrição de circulação),
as ruas ficaram desertas e os espaços foram visitados
por animais silvestres, como as aves. Durante esse período
foram registradas mudanças de comportamento de aves
que passaram a frequentar cidades, ruas e casas.
Reprodução/Dave
Houston/DOC
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O refúgio que possui 225
hectares será o novo habita dos tuturuatu.
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Mas mesmo durante o período
de lockdown, nível 4, na Nova Zelândia, que
mantém regras mais restritivas de circulação,
o trabalho de conservação de espécies
nativas foi mantido. Para sustentar a sobrevivência
da espécie tuturuatu, uma das espécies mais
ameaçadas do país, cinco indivíduos
jovens, que fazem parte dos 250 sobreviventes no país,
foram levados para uma tarefa considerada imprescindível
pelo Departamento de Conservação da Nova Zelândia.
As aves voaram até
a capital, Wellington, no santuário ecológico
Zealandia, um dos pontos eco turísticos do país
e o primeiro ecossistema urbano totalmente vedado do mundo,
que tem o objetivo de preservar espécies. Até
agora foram reintroduzido 18 espécies de animais
silvestres na área.
O refúgio que possui
225 hectares será o novo habita dos tuturuatu. No
local, as aves criaram uma nova rotina e ficaram mais à
vontade. Sem a presença humana, passaram a percorrer
vários caminhos na reserva. Os guarda-parques relatam
que as aves estão até se aproximando, uma
delas chegou a pousar no guidão do quadriciclo, cena
nunca vista antes. Comportamentos similares foram registrados
por toda a Nova Zelândia.
Reprodução/Dave
Houston/DOC
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Ellen Irwin, chefe do Zealandia,
diz que não necessariamente só as aves tenham
mudado de comportamento, mas também as pessoas. “Com
a vida mais silenciosa e lenta, é possível
que as pessoas também estejam desacelerando e percebendo
mais os pássaros e a natureza. Talvez eles tenham
estado sempre por lá, mas só agora conseguimos
vê-los”, comenta Irwin.
A Nova Zelândia abriga
362 espécies aves (IUCN). Segundo o Departamento
de Conservação da Nova Zelândia (DOC),
uma referência na recuperação e na ciência
das aves, um quatro das espécies é encontrada
somente no país. O kiwi, por exemplo, é uma
das aves mais famosas e diferentes da ilha.
Criado em 2015, dentro do
setor de pesquisa da Agência Ambiental Pick-upau,
a Plataforma Darwin, o Projeto Aves realiza atividades voltadas
ao estudo e conservação desses animais. Pesquisas
científicas como levantamentos quantitativos e qualitativos,
pesquisas sobre frugivoria e dispersão de sementes,
polinização de flores, são publicadas
na Darwin Society Magazine; produção e plantio
de espécies vegetais, além de atividades socioambientais
com crianças, jovens e adultos, sobre a importância
em atuar na conservação das aves.
Da Redação,
com informações da Revista Planeta
Fotos: Reprodução/Dave Houston/DOC