Pequenas
aves marinhas são monitoradas com etiquetas de GPS
Cientistas
no Reino Unido usam tecnologia para acompanhar petréis
em busca de alimento
16/09/2020 – Um novo
estudo que usa etiquetas de GPS relata os resultados sobre
o uso desta tecnologia nas menores aves marinhas no Reino
Unido, ao longo de vários anos. Os pesquisadores
usaram o aparelho para monitorar e descobrir que o petrel-da-tempestade
(storm petrel) viaja regularmente por até 300 km
em busca de alimento, pelas águas revoltas do Arquipélago
de Shetland, na Escócia.
A ave considerada a menor
espécie marinha do Reino Unido, pesa de 25 a 30 gramas.
Segundo Alex Kinninmonth, chefe da política marítima
da RSPB Escócia, a tecnologia foi fundamental para
o uso em uma espécie tão pequena. “A
adoção dessa tecnologia revolucionária
nos permitiu construir um quadro mais completo da vida dessas
aves esquivas”.
“Sem essa tecnologia,
qualquer tentativa de identificar locais para ações
de conservação ou avaliar as ameaças
potenciais aos petréis-da-tempestade, seria difícil
para esta importante colônia e teria negligenciado
esses locais-chave”, completa.
“As aves marinhas
da Escócia já estão em apuros e enfrentam
um futuro incerto, portanto, expandir nosso conhecimento
sobre aonde vão e por que é vital dar a elas
uma chance de lutar contra as pressões cada vez maiores
dos humanos é importante”, diz Kinninmonth.
“Novas descobertas
como essas devem ser levadas em consideração
pelos governos, pois regulam a atividade no mar e se quisermos
ver uma reversão das tendências de queda da
espécie”, conclui.
Os pesquisadores esperavam
que as aves voassem sobre as águas, na costa da plataforma
continental, a oeste de Shetland, onde foram relatadas grandes
concentrações de petréis-da-tempestade,
há décadas por pesquisadores em barcos. Contudo,
o estudo descobriu que na verdade as aves se concentram
em dois outros locais.
O primeiro local ficava
a cerca de 110 km, ao sul da colônia e possivelmente
seja a área em que as aves usam para se alimentar.
A outra área de concentração dos petréis
foi nas águas próximas da colônia, onde
depois seguiam para seus ninhos ao anoitecer.
O estudo rastreou 42 indivíduos
ao longo de quatro temporadas de reprodução,
em viagens para forrageamento, que duraram entre um e três
dias, viajando aproximadamente 300 km da colônia.
Um indivíduo chegou a percorrer 400 km até
a costa da Noruega. Os pesquisadores acreditam que a ave
saiu do curso durante uma tempestade, mas ele retornou ao
ninho em menos de 24 horas.
Os cientistas acreditam
que hábitos noturnos dessas aves possam ter induzido
as pesquisas anteriores a acreditar que elas tenham perdido
sua dependência das águas costeiras.
Existem ao menos 17 espécies
de petreis-da-tempestade.
Saiba
mais>
Criado em 2015, dentro
do setor de pesquisa da Agência Ambiental Pick-upau,
a Plataforma Darwin, o Projeto Aves realiza atividades voltadas
ao estudo e conservação desses animais. Pesquisas
científicas como levantamentos quantitativos e qualitativos,
pesquisas sobre frugivoria e dispersão de sementes,
polinização de flores, são publicadas
na Darwin Society Magazine; produção e plantio
de espécies vegetais, além de atividades socioambientais
com crianças, jovens e adultos, sobre a importância
em atuar na conservação das aves.
Da Redação,
com informações de agências internacionais
Fotos: Reprodução/Wikipedia