Mobelha-grande
São
ótimos mergulhadores, passam despercebidos e nem
respingam água quando submergem para capturar peixes.
MOBELHA-GRANDE
Gavia immer (Brünnich, 1764)
Família: Gaviidae
Nome em inglês: Common loon
17/09/2020 – A mobelha-grande
habita águas costeiras e lagos grandes e arborizados.
No verão em lagos nas florestas de coníferas
e áreas abertas de Tundra. Utiliza grandes lagos
para decolar e com muitos peixes. No inverno frequenta áreas
marinhas próximas à costa e também
em lagos grandes sem gelo.
Tanto o macho quanto a fêmea
possuem entre 66 e 91 centímetros de comprimento,
pesam entre 2500 e 6100 gramas e apresentam de 104 a 131
centímetros de envergadura de asa.
A cabeça e o bico dos adultos tornam-se pretos no
verão, o dorso fica com pintas brancas e pretas e
o peito branco. De setembro a março, o dorso e a
cabeça dos adultos muda para a cor cinza-claro e
a garganta fica branca. O bico também se torna acinzentado.
Os indivíduos jovens ficam semelhantes, mas com os
desenhos mais acentuados no dorso.
São ótimos
mergulhadores, passam despercebidos e nem respingam água
quando submergem para capturar peixes. Geralmente vão
a terra somente para fazer seus ninhos e incubar os ovos.
Além da água também são ótimos
no ar, indivíduos migratórios já foram
registrados voando em velocidades superiores a 112 quilômetros
por hora. À noite casais ou grupos de indivíduos
se comunicam por meio das vocalizações. Seus
gritos são ouvidos de longe.
Durante o forrageamento,
mergulha e nada embaixo d’água e utiliza sobretudo
os pés para ganhar impulso. Muitas vezes, antes de
mergulhar, nada na superfície com a cabeça
para a frente e parte submersa para investigar se há
peixes. Ingere pequenos peixes embaixo d’água
e quando são maiores levam até a superfície.
As projeções pontiagudas que possuem no palato
(céu da boca) e na língua ajudam a segurar
os peixes. Estima-se que o casal e seus dois filhotes consumam
em torno de meia tonelada de peixes em 15 semanas.
Consome principalmente peixes
pequenos, mas também se alimenta de crustáceos,
moluscos, insetos aquáticos, sanguessugas, anfíbios
e algumas vezes algas. Precisam percorrer de 27 a 400 metros
batendo as asas e correndo na superfície d’água
para ganharem velocidade e assim decolarem.
A reprodução
ocorre uma vez ao ano. Em geral deposita dois ovos e é
raro colocar apenas um. Os ovos têm coloração
olivácea manchado de marrom ou preto. Tanto o macho
quanto a fêmea incubam os ovos por 24-31 dias, mas
a participação da fêmea na incubação
pode ser maior. Após um ou dois dias que eclodiram,
os filhotes saem do ninho e já nadam e mergulham
com 2 ou 3 dias. Os filhotes são alimentados pelos
pais e quando pequenos podem permanecer no dorso deles.
Em torno de 11 ou 12 semanas após o nascimento já
conseguem voar.
A reprodução
ocorre no norte dos Estados Unidos e Canadá, em lagos
calmos e distantes, e são sensíveis as alterações
ambientais ocasionadas pelo ser humano.
É provável
que a reprodução ocorra a partir dos dois
anos de idade. Costuma voar em círculos sobre o território
emitindo chamados altos. Nas posturas de cortejo, o casal
mergulha o bico repetidamente, numa postura vertical, mantendo
as asas parcialmente abertas e correndo na superfície
d’água lado a lado. Ambos, macho e fêmea
constroem o ninho sempre próximo à água,
em uma ilha ou na costa, e são circundados por vegetação.
Utilizam gramíneas e galhos para a construção
e geralmente utilizam o ninho mais de uma vez.
Nas áreas costeiras,
migra sozinho ou em pequenos bandos. Eventualmente alguns
indivíduos migratórios acabam confundindo
estradas ou estacionamentos molhados com lagos e acabam
não tendo uma área grande de água para
ganharem velocidade e decolarem.
Em torno de 12 semanas após
os filhotes nascerem, os pais migram para outras regiões
no outono e os indivíduos jovens permanecem em bandos
nos lagos do Norte, depois de algumas semanas vão
para o sul. Os jovens chegam às águas costeiras
do oceano e permanecem por dois anos. No terceiro ano eles
retornam para o norte e podem ficar mais alguns anos até
iniciarem a reprodução, que geralmente acontece
aos seis anos de idade.
A mobelha-grande mais velha
já registrada foi uma fêmea e tinha 29 anos,
ela havia sido anilhada em 1989 no estado de Michigan e
o registro foi feito em 2016.
Criado em 2015, dentro do setor de pesquisa da Agência
Ambiental Pick-upau, a Plataforma Darwin, o Projeto Aves
realiza atividades voltadas ao estudo e conservação
desses animais. Pesquisas científicas como levantamentos
quantitativos e qualitativos, pesquisas sobre frugivoria
e dispersão de sementes, polinização
de flores, são publicadas na Darwin Society Magazine;
produção e plantio de espécies vegetais,
além de atividades socioambientais com crianças,
jovens e adultos, sobre a importância em atuar na
conservação das aves.
Reprodução/Pick-upau/Viviane
Rodrigues Reis
|
|
|
Viviane Rodrigues Reis
Ilustração: Viviane Rodrigues Reis
Fotos: Reprodução/Pixabay/Pixabay/Wikipedia/Unsplash
Fonte: Com informações
de Audubon – Common Loon – Guide to North American
Birds; The Cornell Lab – Common Loon Identification;
The Cornell Lab – Common Loon – All about Birds