Gaio-azul
Costumam
segurar os frutos com os pés e utilizam o bico para
abri-los. Visitam comedouros em jardins com sementes e frutos.
GAIO-AZUL
Cyanocitta cristata (Linnaeus, 1758)
Família: Corvidae
Nome em Inglês: Blue Jay
06/10/2020 – Há
quatro subespécies, uma delas ocorre no Canadá
e nos Estados Unidos e as demais somente nos Estados Unidos.
Tanto o macho quanto a fêmea
possuem de 25 a 30 centímetros e pesam entre 70 e
100 gramas. Sua plumagem tem cores azul, branca e preta.
Alguns indivíduos tem uma coloração
azulada na parte inferior da garganta. As asas e a cauda
são barradas de preto. Sua cauda tem bordas brancas
que é bem visível em voo. A coloração
preta que possui na garganta e ao redor da face varia entre
indivíduos e pode auxiliar durante o reconhecimento
de outros indivíduos. Tem uma crista proeminente.
São muito inteligentes e possuem sistemas sociais
complexos com laços familiares fortes.
Milhares de indivíduos
migram em bandos ao longo dos Grandes Lagos e das regiões
costeiras do Atlântico Norte. Os mais jovens migram
com mais frequência, mas os adultos também
migram.
Costumam ficar com as cristas
abaixadas quando estão se alimentando com outros
indivíduos do bando ou quando estão cuidando
de seus filhotes.
Possuem uma variedade de
chamados que são ouvidos de longe. Muitos chamados
são emitidos enquanto estão empoleirados em
árvores. Em áreas abertas voam um de cada
vez, muitas vezes em silêncio, especialmente durante
a migração.
Procura alimento nas árvores,
arbustos e no solo. É onívoro, ou seja, consome
vários tipos de alimentos como bolotas (fruto do
carvalho), nozes, sementes, frutos pequenos, algumas vezes
frutos de espécies cultivadas, insetos como besouros,
gafanhotos, lagartas. Também consome aranhas, caracóis,
ovos e filhotes de algumas aves, pequenos roedores e sapos.
Consome vários tipos de sementes e aprecia muito
as do girassol. Tem costume de segurar os frutos com os
pés e utilizar o bico para abri-los. Visitam comedouros
em jardins com sementes e frutos, algumas vezes dispostos
em rochas. Às vezes guarda as sementes e as nozes
em buracos no solo. Seu alimento predileto são as
nozes.
Apesar de serem conhecidos
por comerem ovos e filhotes de outras aves, em um estudo
feito sobre seus hábitos alimentares, somente 1%
dos indivíduos pesquisados tinham vestígios
de ovos ou filhotes em seus estômagos e a maior parte
da dieta era composta por insetos e sementes.
Vivem em bordas de matas.
Pode ser comum em áreas bem arborizadas e parques
urbanos.
Costumam tomar água em fontes para aves.
Com frequência imitam
os chamados de gaviões, principalmente de Buteo lineatus.
É possível que estas imitações
forneçam informações a outros indivíduos
de que há um gavião por perto ou simplesmente
para enganar outras espécies de aves.
O ninho é feito com
gravetos e é colocado em árvores. Ambos os
sexos constroem o ninho, mas a fêmea geralmente gasta
mais tempo levando gravetos, raízes, musgo, grama
e às vezes o prende com barro. Coloca geralmente
4 ou 5 ovos. Os ovos possuem coloração esverdeada
ou amarelada às vezes azul-pálido pontilhado
com marrom e cinza. Tanto o macho quanto a fêmea incubam
os ovos, mas a participação da fêmea
é maior e dura em torno de 16-18 dias. Ambos os pais
levam alimentos para os filhotes e estes saem do ninho após
17-21 dias após a eclosão dos ovos.
Antes de se adaptarem a
reprodução nas cidades, suas populações
começaram a sofrer declínios por causa do
desmatamento em algumas áreas de ocorrência.
O indivíduo mais antigo conhecido tinha quase 27
anos de idade. Foi anilhado em 1989 e encontrado morto em
2016.
Criado em 2015, dentro do
setor de pesquisa da Agência Ambiental Pick-upau,
a Plataforma Darwin, o Projeto Aves realiza atividades voltadas
ao estudo e conservação desses animais. Pesquisas
científicas como levantamentos quantitativos e qualitativos,
pesquisas sobre frugivoria e dispersão de sementes,
polinização de flores, são publicadas
na Darwin Society Magazine; produção e plantio
de espécies vegetais, além de atividades socioambientais
com crianças, jovens e adultos, sobre a importância
em atuar na conservação das aves.
Viviane Rodrigues Reis
Fotos: Reprodução/Pixabay/Wikipedia
Fonte: Com informações de Audubon –
Blue Jay – Guide to North American Birds; The Cornell
Lab – Blue Jay – All about Birds