Pick-upau
adere a uma das maiores coalizões socioambientais
do mundo
Agência
Ambiental Pick-upau é a primeira ONG brasileira a
aderir ao movimento ‘Plastic Pollution Coalition’
11/12/2020 – A Agência
Ambiental Pick-upau passa a integrar um dos principais e
maiores movimentos socioambientais do planeta que reúne
mais de 1.200 organizações, empresas e líderes
de mais de 75 países. A Plastic
Pollution Coalition trabalha por um mundo livre
da poluição do plástico e do impacto
tóxico que essa material causa aos humanos, à
fauna, aos recursos hídricos e a todo o meio ambiente.
Para a Plastic Pollution
Coalition é fundamental que ONGs trabalhem juntas
para impulsionar e fomentar soluções que reduzam
o uso do plástico descartável. Nesse sentido
é também importante que governos e empresas
criem regulamentações, legislações
e práticas de uma economia sustentável e menos
predatória. A cadeia de produção deve
privilegiar bens reutilizáveis e duráveis.
E essa prática também deve ser seguida pela
sociedade.
A adesão da Pick-upau
a Plastic Pollution Coalition faz parte de uma nova política
de integração de causas e efeitos sobre o
meio ambiente que a Organização tem expandido
em seus projetos institucionais. Em novembro deste ano,
a Agência Ambiental Pick-upau já havia aderido
a outro movimento global de combate ao lixo plástico
o “Break Free From Plastic”.
Entre as 1.200 organizações
que integram a Plastic Pollution Coalition estão
a Avaaz, Greenpeace, National Audubon Society, Save Wildlife
Conservation Fund, Sea Shepherd, Leonardo DiCaprio Foundation
e a NOAA – National Oceanic and Atmospheric Administration,
do governo americano. A Agência Ambiental Pick-upau
é a primeira organização brasileira
a integrar essa coalizão internacional.
Entre as dezenas de personalidades
que integram e apoiam a Plastic Pollution Coalition estão
os atores Jeff Bridges (Homem de Ferro, O Grande Lebowski,
Coração Louco, Bravura Indômita), Chevy
Chase (Férias Frustradas), Danny Glover (Máquina
Mortífera, A Cor Púrpura, O Predador 2), Tim
Robbins (Um Sonho de Liberdade, Sobre Meninos e Lobos, Top
Gun, Guerra dos Mundos) , Martin Sheen (O Espetacular Homem-aranha,
Prenda-me se for Capaz, Apocalypse Now, Os Infiltrados).
As atrizes Laura Dern (Jurassic Park, Mulheres Adoráveis,
Star Wars O Último Jedi, A Culpa é das Estrelas),
Jane Fonda (Barbarella, Amargo Regresso, A Sogra), Bette
Midler (Abracadabra, Mulheres Perfeitas, Família
Adams). Os músicos David Crosby, Ben Harper, Jack
Johnson, Steve Miller e as bandas Maroon 5 e Social Distortion.
Além do campeão de surf Kelly Slater e membros
da família Cousteau como Celine Cousteau, Fabien
Cousteau e Jean-Michel Cousteau.
A bióloga-chefe da
Agência Ambiental Pick-upau, Viviane Rodrigues Reis,
que tem liderado esse movimento de combate ao lixo plástico
dentro da Organização, diz que o mundo precisa
mudar seus costumes e destaca estudos que indicam o quanto
o problema cresceu nos últimos anos.
Segundo dados do artigo
“Produção, uso e destino de todo o plástico
já feito”, publicado na revista Science Advances,
em julho de 2017, desde 1950 foram produzidos 8,9 bilhões
de toneladas de plásticos, destes 2,6 bilhões
(29%) ainda estão em uso e 6,3 bilhões (71%)
foram descartados, desta fatia 600 milhões foram
reciclados, 800 milhões foram incinerados e 4,9 bilhões
foram despejados em aterros sanitários ou estão
poluindo o meio ambiente como os oceanos, por exemplo.
Todo ano, calcula-se que
mais de 8 milhões de toneladas de lixo plástico
cheguem aos oceanos causando impactos na fauna marinha,
à pesca e ao turismo. Hoje é comum encontrarmos
lixo, sobretudo, plásticos nas praias ao redor do
mundo, mesmo em lugares remotos como na Antártida
já foram encontrados microplásticos.
Um grupo de cientistas encontraram
fragmentos de poliestireno no corpo de colêmbolos,
artrópodes terrestres muito pequenos, na costa da
Ilha King George, segundo estudo publicado este ano pela
revista "Biology Letters".
Interações
entre animais marinhos e lixo persistente foram registradas
pela primeira vez na literatura científica no final
dos anos 1960, quando Kenyon e Kridler (1969) relataram
a ingestão de artigos de plástico por albatrozes
de Laysan (Phoebastria immutabilis) nas ilhas do noroeste
do Havaí. Há registros também de tartarugas
marinhas ingerindo sacolas plásticas no final da
década de 1950, inclusive com mortes (Cornelius 1975;
Balazs 1985). Peixe-boi (Trichechus Manatus) que teve seu
intestino bloqueado por linhas de pesca em 1974 (Forrester
et al. 1975).
O volume de plásticos
produzido aumenta a cada ano e com ele os impactos na vida
marinha. As consequências disto também serão
sentidas por todos nós, seja na ingestão de
microplásticos contidos em peixes e outros organismos
marinhos, a toxicidade que vem junto, a indisponibilidade
de praias para recreação afetando o turismo,
impactos econômicos sentidos principalmente por ribeirinhos,
pescadores e o setor de turismo.
Para que o problema do lixo
marinho seja realmente combatido é necessário
um esforço conjunto, local, regional, nacional e
internacionalmente combinando educação, inovação
de produtos, incentivos fiscais, legislação,
aplicação e fiscalização.
Segundo o CEO da Pick-upau,
Julio Andrade, o mundo precisa tomar uma decisão
rápida sobre o lixo plástico. “A sociedade
precisa decidir como ela pretende lidar com o lixo plástico.
Não é mais tolerável continuarmos com
esse padrão de consumo e descarte do plástico.
Não podemos de maneira alguma nos acostumarmos com
cenas de tartarugas marinhas morrendo, aves marinhas sucumbindo
com corpos cheios de plástico, esses resíduos
boiando por todos os oceanos”, diz Andrade.
A comunidade da Plastic
Pollution Coalition reúne quase meio milhão
de pessoas ao redor do mundo.
Saiba
mais sobre a Plastic Pollution Coalition
Da Redação
Fotos: Reprodução/Pixabay/Plastic Pollution
Coalition
Fontes: Melanie Bergmann;
Lars Gutow and Michael Klages (Editors). Marine Anthropogenic
Litter, 2015; https://revistapesquisa.fapesp.br/planeta-plastico/;
https://advances.sciencemag.org/content/3/7/e1700782; https://noticias.uol.com.br/meio-ambiente/ultimas-noticias/redacao/2020/06/24/microplasticos-sao-encontrados-no-ecossistema-terrestre-da-antartica.htm