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Imagens de aves capturadas em redes levam a pedido de mudanças
Fazendas de salmão na Tasmânia são pressionadas por mudanças para preservar aves


18/01/2021 – Fazendas de aquicultura da Tasmânia se tornaram alvos de questionamentos depois que aves foram fotografadas presas em redes de pesca de salmão. A ‘Tasmanian Greens’ obteve as imagens de gaivotas e corvos-marinhos presos em redes durante operações da Huon Aquaculture e solicitaram mudanças urgentes nos protocolos de pesca.

Por outro lado, a Huon Aquaculture informa que não há evidências de que as fotos foram registradas em currais da empresa e diz que as interações e mortes de aves são informadas ao governo e divulgadas publicamente.



No site da Huon Aquaculture há uma lista de 43 interações de aves, desde dezembro de 2020. "É claramente uma questão de bem-estar animal quando vemos animais presos nas redes e morrendo nessas circunstâncias", disse Eric Woehler, Birdlife Tasmania.

"Você poderia imaginar que essas aves estariam desidratando e morrendo de fome, e levaria muitos dias para que elas morressem", diz Woehler. Para a porta-voz do meio ambiente, Rosalie Woodruff, as imagens são devastadoras e perturbadoras. “Não há como aquelas aves morrerem sem dor, e levaria muito tempo sem água, expostas ao sol. São imagens realmente perturbadoras”, disse ela.


A Huon Aquaculture informa que seus funcionários são obrigados e devem relatar qualquer ocorrência com aves mortas ou presas em redes às autoridades da vida selvagem. Segundo a empresa, se um funcionário flagrar uma ave viva presa à rede, deve soltá-la imediatamente e informar o ocorrido.

Segundo, o produtor de salmão Tassal, que também mantém currais no sul da Tasmânia, foram registradas 458 interações com aves no ano passado que estavam vivas o foram soltas. A empresa informou ainda que 19 mortes de aves foram registradas nesse período, incluindo quatro andorinhas-do-mar, que estão na categoria de perigo de extinção.

Para Woehler, é necessária mudanças significativas, como alterar o tamanho da malha das redes e alterar os processos de monitoramento das interações das aves, com a implantação de observadores independentes para supervisão dessas ocorrências. “Suspeito que teremos que ver uma maneira fundamental na forma como as redes são mantidas ou os currais são mantidos livres de aves. Quando você vê como essas aves morreram e os números envolvidos, é inaceitável, e realmente precisamos ver uma melhoria das empresas para tentar eliminar todo esse problema", diz.

Woodruff solicitou a intervenção do governo para acabar com a prática das próprias empresas de pesca de realizar esse monitoramento. "Está muito claro que a política do governo de permitir que as criações de peixes monitorem as aves não está funcionando", disse ela. “Não está funcionando totalmente e o governo tem que intervir e colocar o bem-estar animal em primeiro lugar”.


O Departamento de Indústrias Primárias informou que nenhuma alteração nos procedimentos está sendo planejada e que qualquer pessoa que tenha a informação de violações deve entrar em contato com o Departamento. Informaram ainda que as aves presas listadas como espécies protegidas devem ser relatadas dentro dos prazos descritos nos regulamentos e que auditorias são realizadas periodicamente para garantir a conformidade das regras.

Criado em 2015, dentro do setor de pesquisa da Agência Ambiental Pick-upau, a Plataforma Darwin, o Projeto Aves realiza atividades voltadas ao estudo e conservação desses animais. Pesquisas científicas como levantamentos quantitativos e qualitativos, pesquisas sobre frugivoria e dispersão de sementes, polinização de flores, são publicadas na Darwin Society Magazine; produção e plantio de espécies vegetais, além de atividades socioambientais com crianças, jovens e adultos, sobre a importância em atuar na conservação das aves.


Da Redação com informações ABC News

 
 
 
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