A
evolução de aves como excelentes nadadoras
Estudo
usa matemática para explicar essa capacidade de algumas
aves
22/06/2022 – Pesquisadores
dizem que os ancestrais dos pinguins desenvolveram a capacidade
de nadar por causa do voo. Estudos matemáticos compraram
a eficiência dos pinguins em nadar com outras espécies
como papagaios-do-mar, que perderam não a capacidade
de voar, mas conseguem nadar para forragear debaixo d’água.
"É uma espécie
de método de engenharia olhar para as espécies
como motores altamente sofisticados. Basicamente, tentamos
entender como as asas funcionam na água", disse
Peter Dabnichki, professor de engenharia mecânica
do Royal Melbourne Institute of Technology, na Austrália
em entrevista.
A pesquisa que foi publicada
no Journal of Avian Biology, usou modelos matemáticos
para relacionar arrastos e impulsionamentos e como a propulsão
trabalha para potencializar as ações do nado.
Segundo os pesquisadores, as aves, de modo geral, têm
capacidades flutuantes e por isso precisam de habilidades
mais especificas para suplantar essa flutuabilidade e mergulhar.
O estudo realizado com uma
pequena espécie de pinguim aplicou modelos matemáticos
para a espécie que acreditam pode chegar a mergulhos
com até 65 metros. A partir desses dados fizeram
comparações com papagaios-do-mar e guillemots,
ambos da família Alcidae.
Segundos os pesquisadores,
os pequenos pinguins são superados em termos de eficiência
e velocidade, em relação às espécies
da família Alcidae, visto que, algumas dessas espécies
ampliam a profundidade, pois mergulham ainda no ar. Ainda
que os cientistas não tenham feito comparações
com pinguins maiores, é provável que os pinguins-imperadores,
também podem mergulhar mais que guillemots de Brünnich,
por exemplo.
Para Dabnichki, as asas
longas e frágeis das aves não são eficientes
para o nado, mas no caso dos pinguins, as asas são
mais largas e parecidas com barbatanas. A maioria das espécies
da família Alcidae nada muito bem e não precisam
estender totalmente suas asas, durante o impulsionamento
no mergulho. A nova pesquisa evidencia que essas aves tiveram
adaptações na estrutura de suas asas que proporcionaram
o sucesso no mergulho e no nado, mas que perderam a capacidade
de voar.
Criado em 2015, dentro do
setor de pesquisa da Agência Ambiental Pick-upau,
a Plataforma Darwin, o Projeto Aves realiza atividades voltadas
ao estudo e conservação desses animais. Pesquisas
científicas como levantamentos quantitativos e qualitativos,
pesquisas sobre frugivoria e dispersão de sementes,
polinização de flores, são publicadas
na Darwin Society Magazine; produção e plantio
de espécies vegetais, além de atividades socioambientais
com crianças, jovens e adultos, sobre a importância
em atuar na conservação das aves.
Da Redação,
com informações de agências internacionais
Fotos: Reprodução/Pixabay