Emergência
Climática no Brasil
A
necessidade de uma adaptação não-racista.
Conheça a iniciativa de ONGs
26/05/2023 – Estamos
vivendo no Brasil desigualdades sociais e territoriais decorrentes
dos impactos e efeitos do aquecimento do planeta em 1,1
ºC. Precisamos urgentemente, portanto, de políticas
públicas que contenham medidas efetivas de adaptação
para responder aos efeitos dos eventos climáticos
extremos sobre a vida das populações das cidades,
da floresta e do campo. Os desastres ocorridos nos últimos
três anos, com enchentes e deslizamentos, contudo,
revelam que nem o poder público, nem as instituições
privadas estão atuando na gestão das mudanças
climáticas. Assim, devem ser responsabilizados adequadamente
por sua omissão e ação ilegais.
O que aconteceu recentemente no litoral norte de São
Paulo é mais um triste exemplo dos impactos da crise
climática que se agrava dia após dia. De acordo
com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres
(Cemaden), as chuvas que caíram no final de semana
de Carnaval – 18 e 19 de fevereiro últimos
-, resultaram no acumulado de 682 mm de precipitação
em Bertioga e 626 mm em São Sebastião, os
maiores valores já registrados no país. Antes,
o recorde histórico havia sido computado em Petrópolis,
no Rio de Janeiro, quando a cidade foi castigada com uma
chuva de 530 milímetros em 24 horas, na tragédia
que levou a óbito 241 pessoas em 2022.
A crise, no entanto, é sentida em todo o país.
Recife, por exemplo, tem um histórico de tragédias
relacionadas aos altos índices pluviométricos,
que se repetiram nos anos de 1975, 1986, 1990 e 2010 (com
enchentes em 41 municípios da Zona da Mata Sul).
Em 2022, no Brasil, mais de 500 pessoas morreram direta
ou indiretamente em decorrência dos impactos dos grandes
volumes de chuvas: alagamentos e deslizamentos de terras
em encostas na Bahia, Pernambuco, Alagoas, Paraíba,
Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. Ainda assim,
o poder público, até hoje, ainda não
se adaptou para mitigar os efeitos das chuvas.
Além da Agência Ambiental Pick-upau, outras
140 organizações de várias vertentes
são signatárias da iniciativa, entre elas
350.org Brasil, ActionAid, Conectas Direitos Humanos, Fundação
SOS Mata Atlântica, Fundação Tide Setubal,
Greenpeace Brasil, Oxfam Brasil, Instituto Vladimir Herzog,
Instituto Vladimir Herzog, The Climate Reality Project Brasil,
Transparência Brasil, WWF-Brasil, Ashoka, União
de Mulheres de SP, Movimento Mulheres Negras Decidem.
Acesse
o site do Brasil em Emergência Climática e
participe.
Da Redação, com informações
da Brasil em Emergência Climática
Fotos: Reprodução/Pixabay