Corvos
usam ferramentas “anti-aves” para construir
ninhos
Adaptação
urbana de corvídeos é identificada em novo
estudo
23/02/2024 – Pontas
de metal em tiras usadas em edifícios estão
sendo usadas na construção de ninhos de corvídeos.
Amostras coletadas em árvores em Roterdã,
na Holanda e na Antuérpia, na Bélgica, mostram
que essas aves estão adaptando novos materiais e
lixos humanos na confecção de seus ninhos.
Segundo pesquisadores do Museu de História Natural
de Roterdã e do Centro de Biodiversidade Naturalis
de Leiden, em buscas pela internet encontram também
amostras de ninhos ‘anti-aves’ em Glasgow, na
Escócia e em Enschede, na Holanda. Após a
análise, o estudo indicou que o ninho encontrado
em Roterdã foi construído por corvos, enquanto
os outros três foram criados por pegas, que constroem
ninhos em formato de cúpula.
Os corvos usaram essas pontas de metal conhecidas como
‘anti-aves’ como o material mais resistente
para a construção dos ninhos, como sustentação.
Já as pegas usaram o material na cobertura dos ninhos,
talvez uma forma de evitar predadores, como doninhas e outras
aves.
O uso de materiais não naturais não é
novidade na construção de ninhos de aves.
Um museu sul-africano, em 1933, já havia apresentado
um ninho composto por cobre, aço galvanizado e até
arame farpado. Diversas espécies já usaram
em ninhos pregos, pedaços de metais, plástico,
vidros entre outros materiais.
Segundo o estudo realizado na Europa, cerca de 200 espécies
de aves constroem seus ninhos usando lixo humano, em muitos
casos, com grande potencial de risco para os indivíduos.
Em entrevista ao The Guardian, os pesquisadores disseram
estar assombrados com esses novos ninhos ‘anti-aves’,
mas não ficaram surpresos em saber que corvídeos
eram os autores, devido sua capacidade e habilidade cognitiva.
Criado em 2015, dentro do setor de pesquisa da Agência
Ambiental Pick-upau, a Plataforma Darwin, o Projeto Aves
realiza atividades voltadas ao estudo e conservação
desses animais. Pesquisas científicas como levantamentos
quantitativos e qualitativos, pesquisas sobre frugivoria
e dispersão de sementes, polinização
de flores, são publicadas na Darwin Society Magazine;
produção e plantio de espécies vegetais,
além de atividades socioambientais com crianças,
jovens e adultos, sobre a importância em atuar na
conservação das aves.
Da Redação, com informações
de agências de notícias
Fotos: Reprodução/Pixabay
