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Supermercado proíbe revistas com brinquedos de plástico

Rede de supermercados no Reino Unido adere à campanha de menina de 10 anos

 
 

22/04/2021 – O supermercado Waitrose passou a proibir brinquedos de plástico descartável em revistas. A proibição vem depois de uma campanha de menina galesa de 10 anos interessada em mudar o planeta. Agora o supermercado pede para que os editores adotem alternativas sustentáveis em relação aos brinquedos descartáveis.

Skye Neville é uma jovem ativista climática de 10 anos que mora em Gwynedd, País de Gales. Ela criou uma campanha pedindo que editores de revistas infantis e de quadrinhos não incluíssem mais brinquedos de plástico descartável nas publicações. Esses produtos costumam ser vendidos em supermercados em todo o Reino Unido, mas agora o supermercado britânico Waitrose anunciou que não irá mais vender essas revistas recheadas de plástico descartável.

Neville é direta na argumentação de sua campanha, dizendo que eles [os brinquedos] estão “poluindo nossos oceanos e nosso meio ambiente” e são “usados por alguns minutos ou interrompidos no primeiro uso e depois jogados fora”.

A ativista primeiro escreveu para o editor de sua revista favorita “Horrible Histories”, pedindo que os brinquedos de plástico não fossem mais incluídos na publicação e recebeu a resposta de que estavam [os editores] "trabalhando muito para tornar nossas revistas mais ecologicamente corretas".

Não satisfeita com a resposta protocolar da editora, Neville argumenta que “Os 'brinquedos' são de plástico barato e de baixa qualidade que ninguém quer ou precisa. E isso não é aceitável”. E lembrou que o McDonalds parou de incluir brinquedos de plástico no “Happy Meals”, aqui no Brasil conhecido como “Mc Lanche Feliz” e, portanto as revistas também poderiam fazer o mesmo.

Com a resposta não satisfatória da editora a Waitrose afirma que nas próximas semanas eliminará gradualmente de suas prateleiras as revistas com brinquedos de plástico. "Embora saibamos que essas revistas são populares entre as crianças, parte do plástico desnecessário preso a elas se tornou realmente excessivo", disse Marija Rompani, diretora de sustentabilidade e ética da Waitrose, em entrevista à BBC.

O supermercado Waitrose passou a proibir brinquedos de plástico descartável em revistas.
Foto: Pixabay/Reprodução


“Muitos da geração mais jovem realmente se preocupam com o planeta e são os que herdam o problema da poluição do plástico. Pedimos aos editores que encontrem alternativas e que outros varejistas sigam nossa liderança para acabar com o plástico inútil que vem com as revistas infantis”, conclui Rompani.

O supermercado salienta que a retirada se restringirá aos brinquedos de plástico e não se aplica aos itens artesanais, como lápis de cor e giz de cera, além dos colecionáveis. Ao ser informada da decisão do supermercado, Neville ficou feliz. “Estou muito satisfeita por tantas pessoas terem concordado comigo e apoiado minha petição, quero agradecer a todos que assinaram e compartilharam minha campanha para banir os plásticos dos quadrinhos e revistas”, disse ela à BBC.

“Obrigado à Waitrose por concordar conosco e não mais vender a tatuagem de plástico indesejada. Espero que todos os varejistas possam fazer o mesmo e então os editores perceberão que isso não é mais aceitável. Nós realmente gostamos das revistas, simplesmente não queremos ou precisamos das embalagens de plástico ou dos brinquedos de plástico baratos”, completou a jovem ativista.

Segundo a Global Citizen, estima-se que 8,3 bilhões de toneladas de resíduos plásticos tenham sido gerado no planeta desde 1950 e que apenas 8% tenha sido reciclada. A maior parte desse material vai parar nos aterros sanitários e outro tanto chega aos rios e oceanos matando mais de 1.1 milhão de aves marinhas e outros animais a cada ano.

Segundo a organização Last Beach Clean Up, somente em 2020, o Reino Unido despachou para países como Paquistão, Malásia, Indonésia, Vietnã e Turquia, mais de 7.000 toneladas métricas de resíduos plásticos. Países ricos, mas sem infraestrutura para lidar com seu lixo, enviam esses resíduos para outras partes do mundo, apenas transferindo o problema de lugar, visto que esses países recebedores também não dão conta de tanto lixo. Na Malásia, por exemplo, fábricas ilegais acabam queimando o plástico, criando outros tantos problemas locais e globais.

O Plastic no Thanks acredita que todos (as) podem fazer a diferença. Não importa sua idade ou sua condição social, tenha certeza que você pode mudar seu mundo. Compartilhe conosco suas iniciativas para combater o plástico de uso único.


Conheça Skye Neville a ativista de 10 anos que acreditou que podia fazer a diferença.

Da redação, com informações da Global Citizen
Fotos: Pixabay/Reprodução

 
 
 

 

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