21/12/2022 – Pesquisa realizada na Vrije Universiteit Amsterdam, na Holanda, indica que a entrada dos microplásticos é a ração de animais e que esses poluentes penetram nos organismos em nível celular. A verdade é que os microplásticos já estão presentes em todos os lugares, até na corrente sanguínea de animais e humanos.

O novo estudo encontrou os microplásticos em uma importante cadeia para a sobrevivência dos seres humanos, os alimentos. Testes realizados em fazendas na Holanda com animais e produtos encontraram partículas microplásticas, incluindo carne e leite. Os pesquisadores acreditam que essa contaminação pode ter sido por meio da ração, vendida em embalagens plásticas.

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Segundo o jornal britânico The Guardian, os pesquisadores examinaram 12 bovinos e 12 suínos, onde foi confirmada a presença de microplásticos na corrente sanguínea da maioria dos animais, com o registro de polietileno e poliestireno, materiais comuns na composição de embalagens plásticas. Para os pesquisadores, esses microplásticos chegam a corrente sanguínea dos animais através do alimento (ração, por exemplo), pela água e até pelo ar. A descoberta é uma grande evidência de que esse tipo de material poluidor chega e se aloja em órgãos de animais e humanos.

Provavelmente os efeitos destes poluentes trarão danos à saúde, contudo, as implicações serão estudadas mais a frente. Os pesquisadores disseram ter encontrado microplásticos até no leite recém-ordenhado, mas também nos tanques de armazenamento e até no leite à venda nos supermercados na Holanda. Segundo os cientistas, sete das oito amostras de carne bovina e cinco das oito amostras de carne suína apresentavam contaminação com esses materiais.

Além da Holanda, outros países como França e Suíça já identificaram a presença de microplásticos em amostras de leite. Os pesquisadores já haviam encontrado esse poluente na corrente sanguínea de humanos no início do ano. O estudo foi encomendado pela organização Plastic Soup Foundation.

Da Redação, com informações de agências internacionais.
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