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Novo material plástico se biodegrada no oceano

Pesquisadores tentam desenvolver alternativas para o lixo plástico

 
 

22/11/2022 – O mundo enfrenta hoje um dos de seus maiores desafios, a poluição por plástico, sobretudo aqueles de uso único e que muitas vezes não pode ser reciclado. De garrafas PET, passando por sacolas plásticas, chegando aos microplásticos, hoje já presentes em organismos de animais, alimentos e até no corpo humano.

Em busca de soluções para esse imenso problema ambiental, pesquisadores da Universidade da Califórnia, em San Diego, nos Estados Unidos, estão desenvolvendo materiais biodegradáveis para que possam ser uma alternativa ao plástico usado em embalagens tradicionais. Os pesquisadores conseguiram fazer espumas de poliuretano se biodegradarem em compostos terrestres. Agora a equipe apresentou resultados sobre o material sendo biodegradável na água do mar.

A pesquisa publicada na revista Science of the Total Environment, traz mais uma alternativa para a poluição plástica, já considerada uma crise global e em franca expansão. Pesquisadores haviam estimado em 2010, que cerca de 8 bilhões de quilos de plástico chegariam aos oceanos em apenas um ano, com crescimento projetado para 2025. Muitos já viram imagens da Grande Mancha de Lixo do Pacífico, com cerca de 1,6 milhão de quilômetros quadrados, uma verdadeira tragédia e essas imagens são mais que suficientes para ilustrar o tamanho do problema a ser enfrentado pela humanidade. Lembrando que esses resíduos podem ficar no ambiente por séculos.

Reprodução/Pixabay

 



Os pesquisadores realizaram testes com os materiais de poliuretano biodegradáveis, atualmente como espumas de sapatos biodegradáveis no Scripps Ellen Browning Scripps Memorial Pier and Experimental Aquarium, onde foi possível testar o material em um ecossistema natural próximo à costa.

Durante o experimento descobriram que uma variedade de organismos marinhos colonizou a espuma de poliuretano biodegradando o material, ou seja, deixando-o de volta aos produtos químicos originários que foram consumidos como nutrientes por esses microorganismos. Os pesquisadores acreditam que essas bactérias e fungos vivem em todo ambiente marinho.

Os pesquisadores afirmam que sapatos e chinelos, esse último, o calçado mais popular do mundo, compõem uma parte significativa dos resíduos plásticos descartados inadequadamente e que chegam aos rios, oceanos e na melhor das hipóteses nos aterros sanitários. Desta forma, o material poderia se tornar uma alternativa.

O experimento realizado na Universidade da Califórnia nos últimos oito anos reuniu profissionais de diversas áreas como biologia, química e ciências marinhas. As amostras de espuma expostas à dinâmica das marés tiveram suas alterações moleculares e físicas analisadas por meio de espectroscopia de infravermelho e microscopia eletrônica de varredura. Os resultados mostraram que o material começou a se degradar em quatro semanas e os pesquisadores conseguiram identificar microrganismos de seis locais marinhos em San Diego que foram capazes de consumir o material poliuretano.

Resta saber o que será que ocorre na cadeia natural das espécies e se isso chega até o consumo humano, novamente.

Da Redação, com informações de agências internacionais.
Fotos: Reprodução/Pixabay

 
 
 

 

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