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Atividade de pesca é responsável, também, pelo ‘mar de lixo’ no Pacífico Norte

Apesar de poucas nações pesqueiras industrializadas, o impacto de resíduos plásticos é significativo

 
 

27/01/2023 – A gigantesca Mancha de Lixo do Pacífico Norte (NPGP, na sigla em inglês) tem recebido grande contribuição de um pequeno número de nações pesqueiras industrializadas, é o que afirma uma pesquisa produzida pela organização The Ocean Cleanup e a Universidade de Wageningen, na Holanda, publicada na revista Scientific Reports.

A informação pode ser importante na atuação da indústria pesqueira e no impacto da poluição dos oceanos por plástico. A NPGP é uma imensa mancha de plástico flutuante na região no giro subtropical do Pacífico Norte, definido com um sistema de correntes oceânicas. Relatórios produzidos em expedições anteriores sugerem que cordas, redes e outros resíduos plásticos, oriundos da indústria pesqueira, sejam responsáveis por até 75% desse lixo na região.

Reprodução/Pixabay

 



Segundo Laurent Lebreton, da The Ocean Cleanup, um dos autores do estudo, 573 quilos de resíduos, com 6.093 itens maiores que cinco centímetros, foram coletados na região, durante uma expedição entre junho e novembro de 2019. Os resíduos foram coletados entre as latitudes entre 33,0 e 35,1 graus norte e longitudes entre 143,0 e 145,6 graus oeste. Durante o estudo, os resíduos foram catalogados por país de origem, idioma e empresa responsável pela produção do material. A pesquisa também revelou como esses resíduos plásticos chegam ao oceano e circulam por meio das correntes oceânicas.

A pesquisa indica que 26% dos resíduos são oriundos da indústria pesqueira, ainda que não seja a maioria, cerca de 33% dos lixos não foram identificados, o material pesqueiro é uma parte relevante nessa sopa de lixo oceânico. Entre os materiais identificados estão armadilhas para enguias, espaçadores de ostras, caixas de peixes, boias e flutuadores de plástico, entre outros materiais usados em barcos de pesca.

Sobre a origem dos resíduos, foram identificados materiais do Japão (32,3%), China (32,3%), Coreia do Sul (9,9%), Canadá (7,3), Estados Unidos (6,5%) e Taiwan (5,6%). Segundos os pesquisadores, os resíduos plásticos encontrados na NPGP têm dez vezes mais chances de serem de atividades de pesca do que outras atividades terrestres. Para os autores, a transparência na indústria pesqueira é o primeiro passo para se combater a poluição plástica na atividade, seguindo pelo monitoramento e a criação de novos protocolos para descarte desses materiais.

Da Redação, com informações de agências de notícias
Fotos: Reprodução/Pixabay

 
 
 

 

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