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Fungos comem plástico em habitats de lixo

Ilhas de lixo estão sendo consumidas por fungos e bactérias

 
 

25/10/2023 – Pesquisadores encontraram fungos se alimentando de plásticos em ambientes marinhos. Esses organismos, segundos os cientistas vivem apenas entre o lixo. As denominadas “plastisferas” foram descobertas recentemente em nichos ecológicos singulares como ilhas e montanhas de lixo humano.

O estudo publicado no Journal Of Hazardous Materials identificou que organismos encontrados em ambientes costeiros surgiram em alto-mar como na Grande Mancha de Lixo do Pacífico. Segundo os pesquisadores, essas espécies estão sendo levadas por “jangadas de plásticos” e estão se adaptando a esse novo ecossistema, se proliferando e consumindo sua base, os resíduos plásticos vindos de todas as partes do planeta.

Segundo pesquisadores do Royal Botanic Gardens, Kew, no Reino Unido, as plastiferas foram encontradas em nas salinas costeiras de Dafeng, em Jiangsu, China, próximo da costa do Mar Amarelo, região protegida pela UNESCO. Lá eles encontraram 55 espécies de bactérias e 184 tipos de fungos capazes de consumir um tipo específico de plástico conhecido como policaprolactona (PCL). De acordo com os cientistas, bactérias como Jonesia e Streptomyces podem partir vários polímeros derivados do petróleo.

Reprodução/Pixabay

 



A pesquisa revelou que as plastiferas não dependem de um tipo especifico de plástico, podem se formar em qualquer ambiente com os resíduos. Isso pode indicar que as bactérias e fungos podem consumir plásticos mais duros em qualquer situação. Contudo, fatores ambientais podem determinar a escolha desses organismos como o teor de carbono e pH que podem influenciar algumas espécies.

Os habitats, classificados como plastiferas terrestres são novos, visto que esses nichos ecológicos costumam ser marinhos. Portanto, estudar esses ambientes é importante para compreender como esses microorganismos podem colaborar na decomposição de resíduos plásticos. “Se pudermos aprender com eles, isso pode nos fornecer o conhecimento e as ferramentas para finalmente nos livrarmos dos plásticos superfortes que fabricamos e que agora sujam todo o planeta. Além do mais, poderia nos ensinar como fazer materiais mais sustentáveis no futuro, inovando um tipo de plástico resistente e versátil que pode ser quebrado com mais facilidade”, dizem os pesquisadores em comunicado à IFLScience.

Segundo o Programa Ambiental das Nações Unidas, 400 milhões de toneladas de resíduos plásticos são produzidos todos os anos.

Da Redação, com informações de agências de notícias internacionais
Foto: Reprodução/Pixabay

 
 
 

 

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