22/07/2024
– Um grupo de cientistas internacionais, incluindo renomados
especialistas em poluição plástica, emitiu
um alerta contra a dependência excessiva de dispositivos mecânicos
de limpeza como solução para a crise da poluição
por plásticos.
Apesar do reconhecimento da necessidade
urgente de combater os milhões de toneladas de resíduos
plásticos que contaminam os oceanos e rios, os cientistas
destacam que as tecnologias de remoção de plástico
atualmente disponíveis mostram eficácia variada e,
em muitos casos, não foram adequadamente testadas.
O estudo, publicado na revista One
Earth, enfatiza que algumas dessas tecnologias de limpeza podem
causar danos significativos à vida marinha, superando em
muito a quantidade de plástico que conseguem remover. Os
cientistas argumentam que a maneira mais econômica e eficiente
de abordar a crise é reduzir a produção e o
consumo de plástico, além de projetar produtos plásticos
seguros e sustentáveis com opções adequadas
para descarte no final da vida útil.
Os pesquisadores instam os líderes
mundiais a considerar os custos ambientais totais das tecnologias
de remoção de plástico em relação
aos danos causados pela poluição plástica no
oceano. Eles também pedem critérios claros baseados
na ciência para avaliar essas tecnologias, a serem incorporados
ao Tratado das Nações Unidas sobre Poluição
Plástica.
A Dra. Melanie Bergmann, ecologista
marinha e autora principal do estudo, destaca a falta de evidências
concretas sobre os benefícios líquidos das tecnologias
de remoção de plástico e adverte sobre os riscos
associados à sua implementação indiscriminada.
Embora tenham sido desenvolvidas diversas
tecnologias de limpeza nos últimos anos, como veículos
de peneiramento e barreiras flutuantes, os cientistas alertam que
essas abordagens são insuficientes para resolver o problema
global da poluição por plásticos.
O estudo também levanta preocupações
sobre o greenwashing, onde o foco excessivo na limpeza mecânica
pode desviar a atenção das verdadeiras prioridades,
como a prevenção da poluição por plásticos
desde a origem.
Como resultado, o grupo de cientistas
apela a uma mudança de foco das práticas de limpeza
para medidas de prevenção da poluição
por plásticos, a fim de abordar eficazmente a crise ambiental
em curso.
Da Redação, com
informações de agências internacionais
Matéria elaborada com auxílio de inteligência
artificial
Fotos: Reprodução/Pixabay
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