31/07/2024
– Um grupo de engenheiros moleculares desenvolveu um tipo
de plástico, que altera sua forma a partir do processo de
têmpera. Em um artigo publicado na revista Science, pela equipe
de pesquisadores da universidade de Chicago e em colaboração
com colegas do Laboratório de Pesquisa do Exército
DEVCOM dos EUA, do Aberdeen Proving Ground, dos Institutos Nacionais
de Padrões e Tecnologia e do Centro de Pesquisa Glenn da
NASA, os cientistas descreveram a criação do seu plástico
e sua capacidade de mudar de forma após vários tipos
de têmpera.
Em um artigo publicado na mesma edição da Science,
Haley McAllister e Julia Kalow, da Northwestern University, também
descreveram o trabalho.
Ao longo dos anos tem se tornado evidente que o uso de materiais
plásticos impacta o meio ambiente e a saúde humana.
Fragmentos de plástico já foram encontrados no solo,
na atmosfera, nos oceanos e até mesmo no corpo humano.
Com isso, nos últimos anos os cientistas têm procurado
novas maneiras de reduzir a quantidade de plástico produzido,
utilizado e descartado. Seguindo esta linha de pesquisa a equipe
de investigação criou um tipo de plástico que
pode ser convertido em um novo produto após ser esgotada
a sua finalidade inicial, por um processo de têmpera. Por
exemplo, um saco plástico coberto de comida, pode ser transformado
em um garfo ou colher.
Para que a mudança de forma possa ocorrer, os pesquisadores
desenvolveram um novo protótipo plástico, a partir
de uma abordagem reticulada dinâmica que se baseia na adição
reversível de tióis a benzalcianocetatos, processo
este denominado “adição de Michael”. O
plástico resultante pode ser modificado por revenido (quando
um material é aquecido até certo ponto e depois resfriado
de maneira rápida), processo mais conhecido na indústria
pelo seu uso em trabalhos com metal.
Durante a pesquisa, os cientistas perceberam que ao aquecer o plástico
a uma faixa de temperatura entre 60°C e 110°C, e em seguida
transferi-lo para um freezer, era possível moldá-lo
em diferentes objetos a partir do mesmo material.
O primeiro objeto criado foi uma colher, testada com o uso de uma
jarra de manteiga de amendoim. Em seguida o processo foi usado para
transformar a colher em um garfo, e no final em um material adesivo
capaz de unir duas vidraças. Após o sucesso do estudo,
durante os testes foi verificado que havia um limite para estas
transformações, que era de sete vezes, após
esse número o material começava a se degradar.
Da Redação, com informações de agências
internacionais
Fotos: Reprodução/Pixabay
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