13/03/2025
– A poluição plástica nos rios e oceanos
não se limita aos resíduos visíveis. Micro
e nanoplásticos, partículas minúsculas que
resultam do desgaste de materiais plásticos, representam
uma ameaça silenciosa à saúde humana e ao meio
ambiente. Esses fragmentos podem ultrapassar barreiras celulares
e se acumular em órgãos vitais, e até agora
sua remoção em larga escala tem sido um desafio científico.
Pesquisadores da Universidade de São
Paulo (USP) estão revolucionando essa batalha. Liderados
pelo professor Henrique Eisi Toma, do Instituto de Química
(IQ-USP), o grupo desenvolveu uma técnica inovadora que utiliza
nanopartículas magnéticas revestidas com polidopamina
para capturar e remover micro e nanoplásticos de ambientes
aquáticos.
A polidopamina, substância que
imita as propriedades adesivas de moluscos marinhos, é a
chave do método. Ela permite que as nanopartículas
se fixem de forma eficiente nos plásticos, criando uma ligação
entre o poluente e o material magnético. Após essa
interação, os resíduos podem ser removidos
da água com a ajuda de um ímã.
“Essa abordagem não
apenas limpa a água, mas também possibilita a reciclagem
dos plásticos coletados”, destaca o professor Toma.
No caso de plásticos PET, uma enzima chamada lipase pode
ser utilizada para decompor o material, permitindo seu reaproveitamento.
Micro e nanoplásticos são
encontrados em água, alimentos e até no ar que respiramos.
Estudos já identificaram sua presença em órgãos
humanos, como fígado, pulmões e placenta, o que levanta
preocupações sobre seus efeitos à saúde.
Além disso, esses polímeros podem carrear poluentes,
metais pesados e patógenos, agravando os riscos.
A Organização Mundial
da Saúde (OMS) reconhece que ainda são necessários
mais estudos sobre os impactos dessas partículas, especialmente
quando inaladas. No entanto, iniciativas como a da USP representam
um avanço significativo na busca por soluções
práticas.
Embora a aplicação em
larga escala ainda seja um desafio, os resultados em sistemas de
tratamento de água são promissores. A técnica
brasileira oferece uma abordagem sustentável e inovadora
para enfrentar o problema crescente da poluição plástica,
unindo ciência e tecnologia para proteger o planeta e a saúde
das próximas gerações.
Da Redação, com
informações de agências internacionais
Matéria elaborada com auxílio de inteligência
artificial.
Fotos: Reprodução/Pixabay
|