Fragmentos plásticos em tecidos humanos revelam nova ameaça à saúde

Pesquisa sugere aumento na presença de plásticos no cérebro, mas impactos ainda são incertos

 
 

04/04/2025 – Um estudo recente revelou um aumento significativo na presença de micro e nanoplásticos em tecidos cerebrais humanos ao longo da última década. Realizada por cientistas da Universidade do Novo México, a pesquisa analisou amostras de cérebro de autópsias realizadas em 2016 e 2024, descobrindo que os fragmentos plásticos em tecidos neurológicos aumentaram cerca de 50% nesse período.

Os pesquisadores encontraram concentrações de até 4.800 microgramas por grama de tecido cerebral, representando aproximadamente 0,5% do peso total. Essa quantidade é superior à registrada em órgãos como rins e fígado, que apresentaram entre 7 e 30 vezes menos fragmentos plásticos. Segundo os especialistas, os nanoplásticos – partículas menores que um micrômetro – são particularmente preocupantes, pois podem se infiltrar em células e órgãos essenciais, incluindo o cérebro, cruzando a barreira hematoencefálica.

A dieta foi identificada como a principal via de exposição a micro e nanoplásticos, mas a inalação também desempenha um papel importante. Resíduos de pneus em rodovias e partículas lançadas no ar por ondas marítimas foram citados como exemplos de como os plásticos podem ser inalados.

O polietileno, amplamente utilizado em sacolas, garrafas plásticas e filmes, foi o tipo de plástico predominante encontrado nas amostras de tecido. Esse material é conhecido por não ser biodegradável e está associado à liberação de produtos químicos potencialmente cancerígenos, como o solvente 1,4-dioxano, que já foi classificado como perigoso por agências reguladoras dos EUA.

Reprodução/Pixabay

 



Especialistas alertaram que micro e nanoplásticos podem atuar como “cavalos de Troia”, transportando produtos químicos como bisfenóis, ftalatos, retardantes de chamas e PFAS, que são conhecidos por causar disfunções endócrinas e problemas reprodutivos.

Apesar das descobertas alarmantes, os pesquisadores enfatizaram que ainda há muito a ser entendido sobre os impactos dos plásticos nos tecidos humanos. Ainda não está claro se os fragmentos acumulados no cérebro causam danos diretos ou se eles podem ser eliminados naturalmente pelo organismo.

Phoebe Stapleton, professora de farmacologia da Universidade Rutgers, destacou que mais pesquisas são necessárias para entender como essas partículas interagem com as células e se há consequências tóxicas.

Por outro lado, o pediatra e especialista em saúde pública Philip Landrigan recomendou que, mesmo com lacunas no conhecimento, medidas de precaução já podem ser adotadas. Ele sugeriu evitar o uso de itens plásticos descartáveis, como garrafas e sacolas, sempre que possível, reconhecendo que não é viável eliminar completamente o plástico do cotidiano.

Os pesquisadores acreditam que avanços na compreensão dos efeitos do plástico sobre a saúde humana dependem de métodos mais padronizados e confiáveis para estudar micro e nanoplásticos. Segundo Kimberly Wise White, representante do Conselho Americano de Química, é crucial aprimorar as ferramentas de medição da toxicidade para garantir dados mais precisos.

Embora ainda seja cedo para determinar todos os riscos, a pesquisa destaca a necessidade urgente de repensar o consumo de plástico e de avançar na regulamentação de sua produção e descarte. Afinal, o impacto cumulativo dessas partículas em órgãos vitais como o cérebro pode trazer implicações importantes para a saúde das próximas gerações.

Da Redação, com informações de agências internacionais
Matéria elaborada com auxílio de inteligência artificial
Fotos: Reprodução/Pixabay

 
 
 

 

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