17/04/2025
– Um estudo conduzido pela Universidade de Kyushu, no Japão,
revelou que a redução de 32% do lixo plástico
até 2035 é essencial para evitar um agravamento significativo
da poluição marinha. Essa medida também é
fundamental para atingir a Visão do Oceano Azul de Osaka,
que visa zerar a poluição adicional por plásticos
nos oceanos até 2050.
De acordo com o estudo, publicado
na revista Marine Pollution Bulletin, cerca de 25,3 milhões
de toneladas métricas de plástico foram despejadas
nos oceanos em 2022. Esse número inclui tanto plásticos
de grande porte quanto microplásticos — fragmentos
com menos de 5 milímetros de diâmetro.
Os pesquisadores identificaram que
80% do lixo plástico marinho tem origem em resíduos
terrestres que chegam aos oceanos por meio de rios, enquanto os
20% restantes são derivados de atividades pesqueiras. Regiões
como o Mar Amarelo e o Mar da China Oriental estão entre
as mais afetadas.
Chisa Higuchi, primeira autora do
estudo, explicou que sua pesquisa utilizou modelos computacionais
para mapear o percurso dos plásticos desde a sua liberação
em rios até sua decomposição nos oceanos. "Entender
o movimento e a degradação dos plásticos é
essencial para desenvolver soluções eficazes",
afirmou Higuchi.
Durante a Cúpula
do G20 em Osaka, no Japão, em 2019, foi lançada a
iniciativa Osaka Blue Ocean Vision, que destaca a urgência
de combater a poluição plástica marinha. O
programa estabeleceu como meta a eliminação da poluição
adicional por lixo plástico até 2050, incentivando
melhores práticas de gestão de resíduos e soluções
inovadoras.
Estima-se que cerca de 325 mil toneladas
de plástico provenientes do Brasil acabam nos oceanos anualmente.
Esses resíduos causam danos irreparáveis à
biodiversidade marinha, incluindo a morte de espécies e a
contaminação da cadeia alimentar.
De acordo com Atsuhiko Isobe, professor
da Universidade de Kyushu, a redução proposta é
alcançável com a adoção de medidas como:
• Melhor gestão de resíduos;
• Incentivo ao uso de materiais reutilizáveis;
• Ampliação da conscientização
pública sobre a poluição plástica.
"O cumprimento dessa meta exige esforços conjuntos entre
governos, indústrias e sociedade civil para implementar estratégias
sustentáveis e promover uma economia circular", enfatizou
Isobe.
A pesquisa reforça a urgência
de ações concretas para conter a poluição
marinha antes que seus impactos se tornem irreversíveis.
A cooperação internacional, associada ao compromisso
de cada país, é vital para que a Visão do Oceano
Azul de Osaka se torne uma realidade.
Da Redação, com
informações de agências de notícias
Matéria elaborada com auxílio de inteligência
artificial
Fotos: Reprodução/Pixabay
|