16/05/2023
– Um número crescente de aves de rapina mortas têm
preocupado ambientalistas na Inglaterra e a causa pode ser um
veneno de rato altamente tóxico. Ativistas ambientais têm
pedido para que o produto seja proibido de ser usado ao ar livre.
Segundos os conservacionistas, uma águia-de-cauda-branca
encontrada morta foi envenenada pelo anticoagulante brodifacoum
em uma propriedade em Dorset. Contudo, a polícia local
encerrou a investigação sem indiciar ninguém.
Um levantamento realizado pela
Wildlife Incident Investigation Scheme mostra que entre 2005 e
2019 houve uma morte em cada ano. Mas em 2020, 23 aves foram encontradas
mortas e 25 foram mortas somente no primeiro semestres de 2021.
Em todos os casos o brodifacoum estava presente nos corpos. Este
veneno é um anticoagulante que faz animais sangrarem internamente,
muitas vezes por dias, até a morte.
Os pesquisadores que monitoravam
a águia-de-cauda-branca acreditam que por conta da movimentação
da ave, ela pode ter sofrido por dias antes de morrer. Até
2016, o uso deste veneno era restito a áreas internas como
armazéns, celeiros e residências.
Mas agora seu uso foi
liberado do lado de fora, próximo de prédios. Os
proprietários de áreas rurais têm sido alertados
para recolherem roedores mortos, para que as aves de rapina não
capturem as presas contaminadas. A União Europeia recomenda
o uso apenas em locais fechados, em áreas externas apenas
em casos extremos.
Nos últimos anos muitos
produtos que matavam as aves de rapina foram proibidos. Mas as
pessoas ainda não perceberam os riscos deste produto recém-legalizado.
No mapeamento das localidades onde as aves mortas foram encontradas,
em North Dorset e North Yorkshire, existem propriedades de tiro
e pântanos, mas houveram mortes em outras partes do país.
Aves de rapina, historicamente,
são mortas por tiro e envenenamento. A águia-de-cauda-branca
foi extinta no Reino Unido no século 19, por causa da caça.
A ave foi inserida na Ilha de mull, na Escócia e na Ilha
de Wight, na Inglaterra. Pequenos roedores fazem parte da cadeia
alimentar de muitas aves de rapina, portanto, mesmo que não
intencional o envenenamento de ratos causa a perda biodiversidade.
O uso indiscriminado deste veneno coloca, novamente, a espécie
em risco.
Criado em 2015, dentro do setor
de pesquisa da Agência Ambiental Pick-upau, a Plataforma
Darwin, o Projeto Aves realiza atividades voltadas ao estudo e
conservação desses animais. Pesquisas científicas
como levantamentos quantitativos e qualitativos, pesquisas sobre
frugivoria e dispersão de sementes, polinização
de flores, são publicadas na Darwin Society Magazine; produção
e plantio de espécies vegetais, além de atividades
socioambientais com crianças, jovens e adultos, sobre a
importância em atuar na conservação das aves.
Da Redação,
com informações de agências internacionais.
Fotos: Reprodução/Pixabay |