19/07/2021
– A perda de aves e mamíferos está impactando
diretamente na dispersão de sementes e reduziu em 60% a
capacidade de plantas se adaptarem às mudanças climáticas,
e isso pode levar espécies à extinção.
Esse cenário trágico é tema de uma nova pesquisa
publicada revista Science.
Pesquisadores da Rice University,
afirmam que esses tipos de animais são impactados frequentemente
pela redução de habitat e essas espécies
são imprescindíveis na dispersão de sementes,
e consequentemente na sobrevivência de várias espécies
de plantas em inúmeras partes do planeta.
Os cientistas dizem que mais de
metade de todas as espécies de plantas dependem de animais
para a dispersão de sementes, por meio do consumo de frutos.
Esse procedimento garante que as plantas se propaguem e mantenham
sua sobrevivência, incluindo sua adaptação
às mudanças climáticas. As consequências
práticas desse novo fenômeno ainda são desconhecidas
e precisam ser estudadas.
O estudo apresenta dados do declínio
na dispersão de sementes em uma escala pequena, na ilha
de Guam, contudo, os pesquisadores acreditam que esse fenômeno
deve estar ocorrendo em todo o planeta. Para compreender como
os dispersores de sementes estão diminuindo, os pesquisadores
analisaram estudos anteriores sobre aves e mamíferos consumidores
de frutas carnudas e como seus processos digestivos são
importantes na germinação de sementes.
A partir de padrões
matemáticos determinados para a dispersão de sementes,
os pesquisadores puderam avaliar dados de espécies da América
do Norte e da Ásia e estimar como essa dispersão
de sementes tem caído proporcionalmente ao declínio
de aves e mamíferos. Comparando informações
da dispersão atual com o que teria acontecido se animais
não tivessem sido extintos ou reduzido seu alcance geográfico.
Os pesquisadores descobriram que a dispersão já
foi reduzida em 60%. A redução de dispersores foi
de 15%.
A nova pesquisa demonstra que
os processos de dispersão de sementes vêm sendo reduzido
de forma preocupante desde que humanos passaram a ocupar ilhas
e continentes. Os cientistas dizem que precisamos preservar os
habitats, ampliar a conservação das espécies
dispersoras e suas plantas. Investir em reflorestamentos é
fundamental, mas manter os ambientes em equilíbrio é
tão importante quanto.
Criado em 2015, dentro do setor
de pesquisa da Agência Ambiental Pick-upau, a Plataforma
Darwin, o Projeto Aves realiza atividades voltadas ao estudo e
conservação desses animais. Pesquisas científicas
como levantamentos quantitativos e qualitativos, pesquisas sobre
frugivoria e dispersão de sementes, polinização
de flores, são publicadas na Darwin Society Magazine; produção
e plantio de espécies vegetais, além de atividades
socioambientais com crianças, jovens e adultos, sobre a
importância em atuar na conservação das aves.
Da Redação, com
informações de agências internacionais.
Fotos: Reprodução/Pixabay |