15/07/2022
– Pesquisadores suecos, finlandeses e britânicos realizaram
um estudo sobre a migração de andorinhas-do-mar-do-cáspio
entre o Mar Báltico e a África. Com o uso de GPS
a equipe conseguiu rastrear famílias inteiras.
O estudo publicado na revista
Nature Communications mostra que as aves migram em grandes grupos,
mas ainda não se sabe como elas se comunicam para se manterem
juntas durante a viagem. Os pesquisadores verificaram que os machos
são responsáveis por ensinar seus filhotes sobre
as dificuldades e desafios das migrações. Geralmente
esse trabalho fica para os pais biológicos, mas machos
adotivos podem participar e concluir os ensinamentos da viagem.
“Queríamos ter uma
ideia melhor de como as habilidades migratórias das aves
são passadas de uma geração para outra em
uma espécie em que os indivíduos normalmente migram
juntos. Este é um comportamento muito fascinante, que realmente
não esperávamos encontrar ao montar nosso estudo”,
diz o principal autor Patrik Byholm, da Universidade de Helsinque,
na Finlândia.
Os pesquisadores verificaram por
meio dos GPS, que os jovens sempre estavam próximos aos
pais, sugerindo que a conexão familiar é fundamental
para que os indivíduos mais novos possam aprender os caminhos
da migração. Quando retornam aos locais de reprodução,
as jovens andorinhas seguem exatamente a mesma rota de seus pais.
Os pesquisadores ainda buscam entender porque essa tarefa é
realizada pelos machos e não pelas fêmeas.
Segundo os pesquisadores,
isso indica que as andorinhas têm o conhecimento herdado
por meio da cultura de gerações e isso é
fundamental para as decisões em futuras migrações.
Para os cientistas, as descobertas do estudo “Transmissão
paterna do conhecimento de migração em um pássaro
migrante de longa distância” podem ser importantes
para verificar se as aves migratórias poderão lidar
com as mudanças climáticas e a perda de habitat.
Os cientistas salientam que o
futuro dessas aves depende de como os pais transmitirão
seus conhecimentos para seus filhotes e como eles se adaptarão
às dificuldades como encontrar locais de escala e alimentos
em abundância.
Criado em 2015, dentro do setor
de pesquisa da Agência Ambiental Pick-upau, a Plataforma
Darwin, o Projeto Aves realiza atividades voltadas ao estudo e
conservação desses animais. Pesquisas científicas
como levantamentos quantitativos e qualitativos, pesquisas sobre
frugivoria e dispersão de sementes, polinização
de flores, são publicadas na Darwin Society Magazine; produção
e plantio de espécies vegetais, além de atividades
socioambientais com crianças, jovens e adultos, sobre a
importância em atuar na conservação das aves.
Da Redação, com
informações de agências internacionais.
Fotos: Reprodução/Pixabay |