23/03/2021
– Com a chegada da primavera no hemisfério norte
a vida se renova, as florestas estão transbordando de biodiversidade
e as aves canoras começam a retornar das migrações
do sul e se juntando aqueles que permanecem na região durante
o período de escassez de alimentos no inverno.
E um das menores aves canoras
que vivem na região, o chapim-de-bico-preto, tem uma tarefa
gigantesca durante o inverno, se manter aquecido, sobretudo para
aqueles que habitam as áreas mais gélidas do noroeste
americano.
Os chapins têm
até mil penas extras para suportar o inverno, mas esses
Chickadees, como são conhecidos, passaram por dias difíceis
e usaram todos os seus truques para sobreviver, como baixar a
temperatura corporal em até 20 graus até entrarem
em torpor, economizando energia e se mantendo em uma espécie
de semi-hibernação.
Durante o período noturno
se juntam em cavidades de árvores para compartilhar o calor
entre os indivíduos. Mesmo assim, ainda precisam de muitos
recursos para gerar calor corporal. Durante o inverno são
obrigados a consumir até 20 vezes mais alimento por dia,
em relação ao verão.
Segundo dados de monitoramentos,
como os esquilos, os chapins escondem comida em milhares de esconderijos,
durante o outono. Mas para lembrar onde esse importante estoque
foi guardado utilizam uma inusitada capacidade. A cada inverno,
o hipocampo, parte do cérebro responsável pelas
lembranças ou memórias, cresce até 30%.
Depois, na primavera essa condição
extraordinária volta ao normal, quando o período
é mais favorável a oferta de alimentos, não
só no habitat natural como também nos comedouros
artificiais.
Especialmente neste
inverno, órgãos da vida selvagem da Costa Oeste
dos Estados Unidos, fizeram alertas sobre um surto de salmonela,
orientando que as pessoas evitassem manter os comedouros ou redobrassem
a limpeza desses equipamentos, o que reduziu ainda mais a oferta
de alimentos.
Criado em 2015, dentro do setor
de pesquisa da Agência Ambiental Pick-upau, a Plataforma
Darwin, o Projeto Aves realiza atividades voltadas ao estudo e
conservação desses animais. Pesquisas científicas
como levantamentos quantitativos e qualitativos, pesquisas sobre
frugivoria e dispersão de sementes, polinização
de flores, são publicadas na Darwin Society Magazine; produção
e plantio de espécies vegetais, além de atividades
socioambientais com crianças, jovens e adultos, sobre a
importância em atuar na conservação das aves.
Da Redação, com
informações de agências internacionais.
Fotos: Reprodução/Pixabay |