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Menos insetos aquáticos, menos aves
Populações de aves que consomem insetos têm diminuído há décadas
 

10/05/2021 – Um novo estudo publicado na revista Frontiers in Ecology and Evolution descreve o declínio de insetos que surgem de lagos e riachos poluídos nos Estados Unidos. A pesquisa demonstrou que a região dos Grandes Lagos apresenta uma grande abundância desses insetos emergentes.

Apesar da abundância desses insetos em lagos, essas populações são mais reduzidas nos ricahos Wisconsin, Minnesota e Illinois, afirma David Manning, professor assistente de biologia da Universidade de Nebraska, em Omaha.

A pesquisa relacionou dados de insetos aquáticos da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos e do Serviço Geológico dos Estados Unidos com estudos sobre aves. “Nas últimas décadas, vimos essas quedas drásticas na abundância de muitas espécies diferentes de aves insetívoras”, disse Mazeika Sullivan, professora associada da Universidade Estadual de Ohio.


Reprodução/Pixabay

 



Segundo os pesquisadores o declínio das espécies atinge não somente espécies ameaçadas mais toda a cadeia de aves dependentes desses insetos e mudanças no clima e nos habitats também influenciam essa queda. A pesquisa demonstrou que locais com menos insetos também tinha menos aves insetívoras. “Havia essa relação entre a baixa abundância de insetos saindo de riachos e lagos e a baixa abundância de alguns desses insetívoros aéreos”, disse Manning.

“Encontramos esse padrão muito forte em que, principalmente nos riachos, a qualidade da água teve um efeito muito grande sobre esses insetos que tendem a surgir como adultos. Os insetos são usados como bioindicadores para o que está acontecendo em uma escala muito maior”, diz Manning.

Atividades humanas estão criando um excesso de nutrientes e poluição nesses corpos d’água. Reduzir esses impactos nos habitats resultará na proteção dos lagos e riachos e consequentemente um equilíbrio entre as espécies. “Então, quando você está projetando uma cidade ou um novo empreendimento, precisa ser de uma forma que não afete o riacho ou o lago”, Sullivan.

No ano passado, ainda sob a gestão do presidente Donald Trump, avesso às questões ambientais, foi criada a Regra de Proteção de Águas Navegáveis sob a Lei de Água Limpa, pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos, que reduziu as áreas úmidas protegidas do país. “Portanto, milhões de hectares de pântanos e milhões de quilômetros de riachos perderam a proteção sob a nova regra que entrou em vigor em junho passado”, disse Sullivan.


Reprodução/Pixabay

 



Os Grandes Lagos são importantes tanto para as aves locais quanto para as migratórias, por isso as proteções devem ser realizadas pelos governos estadual e federal. “Uma das grandes mensagens deste artigo é que a conservação da água também pode significar a conservação da vida selvagem”, disse Sullivan.

Não é novidade que as aves são importantes para o equilibro do ecossistema, controlando as populações de insetos e evitando doenças. Preservar os recursos hídricos, preservar os habitats e proteger as aves. “Muitos dos mesmos fatores que afetam negativamente os organismos também afetam negativamente a vida selvagem e os humanos. Proteger a saúde ambiental e, neste caso, proteger a saúde das aves, também é proteger a saúde humana”, conclui Sullivan.

Criado em 2015, dentro do setor de pesquisa da Agência Ambiental Pick-upau, a Plataforma Darwin, o Projeto Aves realiza atividades voltadas ao estudo e conservação desses animais. Pesquisas científicas como levantamentos quantitativos e qualitativos, pesquisas sobre frugivoria e dispersão de sementes, polinização de flores, são publicadas na Darwin Society Magazine; produção e plantio de espécies vegetais, além de atividades socioambientais com crianças, jovens e adultos, sobre a importância em atuar na conservação das aves.

Da Redação, com informações de agências internacionais
Fotos: Reprodução/Pixabay

 
 
 
 

 

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