29/10/2021
– De acordo com o último relatório da Lista
Vermelha, produzido pela IUNC (União Internacional para
Conservação da Natureza), cerca de 30% das espécies
de estão em risco. Com dados da BirdLife International,
que analisou informações de 544 espécies
nativas, três espécies foram consideradas extintas
regionalmente na Europa, desde o último relatório,
divulgado em 2015, Cortiçol-de-pallas (pallas's sandgrouse),
toirão (common buttonquail) e estamenha-de-pinheiro (pine
bunting).
De acordo com informações
de voluntários de 54 países, esses 30% estão
em declínio populacional. Na Europa, 13% das aves estão
ameaçadas de extinção e 6% estão quase
ameaçadas. Esses resultados são reflexos dos últimos
três relatórios da Lista Vermelha, lançados
em 1994, 2004 e 2015.
A perda de habitat, progressão
da agricultura, exploração indiscriminada de recursos
naturais, degradação ambiental, como poluição
atmosférica e de resíduos, práticas florestais
predatórias, além das mudanças climáticas
estão pressionado de forma intensa as populações
de aves no continente.
“Essas são ameaças
grandes e em grande escala que chamamos de ameaças sistêmicas
e estão muito relacionadas à forma como nossa sociedade
funciona e como usamos os recursos. É um sinal de que algo
está muito errado ao nosso redor. Precisamos mudar a forma
como vivemos, essa é a mensagem principal que vem de nossos
resultados”, afirma Anna Staneva, chefe interina de conservação,
BirdLife Europe and Central Asia, em entrevista ao The Guardian.
Para que uma espécie
seja considerada quase ameaçada, sua população
deve ter sido reduzida em 25%, por três gerações.
Quando esse número ultrapassa 30%, as espécies entram
para a categoria de ameaçada. Quando uma espécie
não é observada nos últimos cinco anos na
Europa, ela é considerada extinta regionalmente. Em 2015,
duas espécies estavam com status de extinta, a tarambola-do-cáspio
e a toutinegra-do-deserto-asiático, mas elas voltaram a
ser vistas na região. A IUCN indica que ambientes rochosos,
de falésias e picos de montanha, ainda são deficitários
com dados para avaliação.
Por outro lado, espécies
da família Ardeidae, Fringillidae e o Abutre-fouveiro apresentaram
recuperação, por
conta do banimento de pesticidas como o DDT e a criação
de leis de proteção às espécies.
Mas as mudanças climáticas
também podem beneficiar algumas paisagens e espécies,
ainda que os efeitos gerais sejam nocivos a grande maioria. Os
responsáveis pelo relatório esperam que o documento
ajude nas iniciativas de governos no caminho da conservação
das espécies. “Os governos de toda a Europa precisam
traduzir a nova ambição global de restaurar a natureza
em alvos legais, apoiados por políticas e financiamento
corretos”, diz Martin Harper, diretor regional da BirdLife
Europa e Ásia Central.
Criado em 2015, dentro do setor
de pesquisa da Agência Ambiental Pick-upau, a Plataforma
Darwin, o Projeto Aves realiza atividades voltadas ao estudo e
conservação desses animais. Pesquisas científicas
como levantamentos quantitativos e qualitativos, pesquisas sobre
frugivoria e dispersão de sementes, polinização
de flores, são publicadas na Darwin Society Magazine; produção
e plantio de espécies vegetais, além de atividades
socioambientais com crianças, jovens e adultos, sobre a
importância em atuar na conservação das aves.
Da Redação, com
informações de agências internacionais.
Fotos: Reprodução/Pixabay |