14/07/2022
– Uma mudança na legislação na Inglaterra
permite que aves silvestres possam ser mortas, com pretexto de
proteger aves de caça. Espécies como corvos e gralhas
podem ser abatidas se governo mudar as regras.
As novas atualizações
na legislação permitem que se possa atirar em espécies
de aves selvagens para proteger animais de criação,
auxiliar na conservação e preservar a saúde
e a segurança pública, diz o novo texto. Com validade
de dois anos, representantes do governo inglês afirmam que
isso vai dar “estabilidade e certeza” aos atiradores.
Naquele país licenças
gerais ou permissivas não precisam ser solicitadas, no
entanto, é preciso cumprir as condições estabelecidas
ao efetuar os atos previstos. A discussão do momento é
se faisões, perdizes, por exemplo, podem ser considerados
animais de criação (livestock), já que são
aves selvagens e se seus predadores possam também ser abatidos.
Segundo o Departamento de Meio
Ambiente, Alimentação e Assuntos Rurais (Defra),
a nova definição para animais de criação,
incluindo aves silvestres, permite de forma explicita atirar contra
corvos, gralhas e pegas. “Pecuária é conforme
definido na seção 27 (1) da Lei [Vida Selvagem e
Campo] de 1981. Para efeitos da presente licença, esta
expressão também inclui aves cinegéticas
mantidas em recinto ou que circulam livremente, mas permanecem
significativamente dependentes do fornecimento de comida, água
ou abrigo por um tratador para a sua sobrevivência. Isso
não inclui alimentação suplementar”,
diz o comunicado.
A mudança, segundo
um porta-voz do Defra, foi realizada depois de pedido de caçadores
por regras ‘mais claras’ sobre a caça dessas
aves. Para esse funcionário, a nova legislação
deixa bem claro que as aves predadoras selvagens não poderão
ser mortas sob a licença de proteger as chamadas aves de
caça, que não precisam de alimento ou abrigo humano
no país. Contudo, esses animais podem ser mortos se for
esse o caso, com a nova regra.
Entidades ambientalistas estão
preocupadas com as novas atualizações que podem
gerar uma matança de espécies silvestres. Em 2019,
ONGs conseguiram suspender essas regras, retirando gaivotas dessa
lista e regiões consideradas de interesse ecológico
e reservas naturais. Elas afirmam que a nova regra é um
retrocesso.
Criado em 2015, dentro do setor
de pesquisa da Agência Ambiental Pick-upau, a Plataforma
Darwin, o Projeto Aves realiza atividades voltadas ao estudo e
conservação desses animais. Pesquisas científicas
como levantamentos quantitativos e qualitativos, pesquisas sobre
frugivoria e dispersão de sementes, polinização
de flores, são publicadas na Darwin Society Magazine; produção
e plantio de espécies vegetais, além de atividades
socioambientais com crianças, jovens e adultos, sobre a
importância em atuar na conservação das aves.
Da Redação, com
informações de agências internacionais.
Fotos: Reprodução/Pixabays |