15/03/2023
– Uma descoberta do Museu da Universidade de Hokkaido em
Sapporo, Japão, indica que os gansos podem ter sido domesticados
há 7 mil anos, tornando-os as aves silvestres mais antigas
a serem tratadas por humanos, ainda que a domesticação
das galinhas ainda seja inconclusiva.
Pesquisadores encontraram ossos
de ganso preservados em uma região no leste da China, conhecida
como Tianluoshan. Segundo Masaki Eda, do Museu, a descoberta amplia
a história da domesticação de gansos e potencializa
a história das aves domesticadas de maneira geral.
A região onde foi feita a descoberta era um vila da Idade
da Pedra, entre 7.000 e 5.500 anos atrás e seus habitantes
eram em sua maioria caçadores-coletores e que também
cultivavam arrozais.
Segundos os pesquisadores, 232
ossos de ganso foram identificados e acreditam que muitos outros
animais seguiram a mesma vida domesticada. Quatro ossos pertenciam
a gansos imaturos, com menos de 16 semanas de idade. Isso indica
que os ovos tenham eclodido em Tianluoshan, pois seria improvável
que tivesse vindo de outras regiões, devido à idade.
Hoje nenhum ganso selvagem se reproduz na região.
Com base na composição
química dos ossos, alguns gansos parecem ter vivido na
região, dizem os pesquisadores em relação
ao consumo de água local. Outra característica relevante
é o tamanho das aves, todas com o mesmo padrão,
que sugere tratos domésticos. Por último, os pesquisadores
conseguiram datar os ossos, por meio do carbono, para definir
o período de 7 mil anos atrás.
De acordo com os pesquisadores,
as galinhas foram domesticadas por meio de aves selvagens, conhecidas
como galos silvestres vermelhos, originários do sul da
Ásia. Porém, não há evidências
claras que essas aves viveram nesta região. Cientistas
afirmam ainda, que os ossos não foram datados. Provas mais
contundentes sobre a domesticação de galinhas remetem
a cerca de 5 mil anos atrás. Cientistas dizem que ainda,
que não é possível determinar os motivos
pelos quais os gansos foram domesticados. A pesquisa foi publicada
na revista científica PNAS.
Criado em 2015, dentro do setor
de pesquisa da Agência Ambiental Pick-upau, a Plataforma
Darwin, o Projeto Aves realiza atividades voltadas ao estudo e
conservação desses animais. Pesquisas científicas
como levantamentos quantitativos e qualitativos, pesquisas sobre
frugivoria e dispersão de sementes, polinização
de flores, são publicadas na Darwin Society Magazine; produção
e plantio de espécies vegetais, além de atividades
socioambientais com crianças, jovens e adultos, sobre a
importância em atuar na conservação das aves.
Da Redação, com
informações de agências internacionais.
Fotos: Reprodução/Pixabay |