13/05/2023
– Dados coletados entre 2015 e 2020 indicam que 48% das
espécies registraram queda na população,
sendo que as espécies florestais apresentaram os piores
índices. Segundo ativistas ambientais, o governo deve falhar
no cumprimento de suas próprias metas ambientais, caso
não apresente iniciativas concretas de conservação.
Informações do próprio
governo indicam que as populações de aves estão
diminuindo a curto e longo prazo. Em 2021 foram registrados, em
média, 130 espécies, 12% a menos que os registros
de 1970. Segundo as autoridades, a maior perda foi identificada
no final de 1970 e 1980, tendo como principal causa, a perda de
habitat, com a redução de florestas e o aumento
de áreas agrícolas. Entre 2015 e 2020, outros 5%
de queda foram registrados.
O panorama analisado entre 2015
e 2020 mostra que 48% das espécies identificadas registraram
redução, 28% das espécies tiveram pouca mudança
nas populações e 24% apresentaram aumento. As espécies
florestais estão entre aquelas como maior declínio,
12%, entre as maias afetadas.
O governo local aprovou
em 2021 a Lei do Meio Ambiente que obriga a interrupção
da redução das espécies até 2030,
mas por enquanto os resultados não são favoráveis
à biodiversidade. Segundo ativistas, o Reino Unido é
um dos países com a natureza mais exaurida no mundo, em
comparação com o G7, grupo de países mais
ricos e desenvolvidos do planeta.
O governo acredita que as aves
são bons indicadores de conservação. “As
populações de pássaros há muito são
consideradas uma boa indicação do amplo estado da
vida selvagem no Reino Unido. Isso ocorre porque eles ocupam uma
ampla gama de habitats e respondem a pressões ambientais,
que também atuam sobre outros grupos de vida selvagem”,
informou o Departamento de Meio Ambiente, Alimentos e Assuntos
Rurais (Defra), por meio de um porta-voz.
“No âmbito do Plano
de Melhoria Ambiental, definimos passos claros para interromper
o declínio na abundância de espécies até
2030 e melhorar a situação das aves selvagens e
outras espécies que desempenham um papel importante em
nossos ecossistemas. Já estamos tomando medidas robustas
para reduzir as principais pressões sobre as aves selvagens
e melhorar seus habitats. Por exemplo, nossos esforços
de recuperação de espécies direcionadas ajudaram
a melhorar o status de conservação de 96 espécies
prioritárias, incluindo o maçarico e o ouriço”,
completa o comunicado da DEFRA.
Criado em 2015, dentro do setor
de pesquisa da Agência Ambiental Pick-upau, a Plataforma
Darwin, o Projeto Aves realiza atividades voltadas ao estudo e
conservação desses animais. Pesquisas científicas
como levantamentos quantitativos e qualitativos, pesquisas sobre
frugivoria e dispersão de sementes, polinização
de flores, são publicadas na Darwin Society Magazine; produção
e plantio de espécies vegetais, além de atividades
socioambientais com crianças, jovens e adultos, sobre a
importância em atuar na conservação das aves.
Da Redação,
com informações de agências internacionais.
Fotos: Reprodução/Pixabay |