23/05/2023
– Um novo estudo realizado por pesquisadores da Universidade
de Yale, em Connecticut, nos Estados Unidos, indica que aves estão
ficando menores, conforme as temperaturas aumentam e essa mudança
é mais amplificada em espécies menores.
Os pesquisadores analisaram quarenta
anos de dados coletados de aves migratórias em Chicago,
nos Estados Unidos e espécies locais na Floresta Amazônica.
O resultado mostra que, em ambas as regiões as aves ficaram
menores e com asas mais longas. Essa última mudança
pode significar um mecanismo de adaptação para refrescar
em temperaturas mais quentes.
“Em todo o mundo, a morfologia
das aves está mudando rapidamente. Embora as trajetórias
de mudança sejam frequentemente consistentes entre os estudos,
as taxas de mudança entre as espécies variam em
magnitude – um fenômeno que permanece inexplicado.
Ao analisar dois conjuntos de dados coletados independentemente,
demonstrando mudanças consistentes na morfologia em 129
espécies, mostramos que as taxas de mudança fenotípica
estão negativamente correlacionadas com o tamanho do corpo
– isto é, aves menores estão mudando mais
rapidamente”, descreve o estudo publicado na revista científica
Proceedings of the National Academy of Sciences.
Segundos os pesquisadores,
uma das explicações pode estar no fato de espécies
menores terem característica de reprodução
em períodos mais curtos e exemplificam “o período
de uma geração é menor para um camundongo,
digamos, do que para um elefante”, portanto são capazes
de se adaptar mais rapidamente. Contudo, a nova pesquisa não
conseguiu encontrar ligação entre o comprimento
da geração e as alterações no tamanho
dos corpos.
Outra explicação
é o potencial das espécies menores têm em
construir populações maiores, aumentando a probabilidade
de um individuo aleatório desenvolver uma característica
favorável que possa ser compartilhada entre os espécimes.
Mas as hipóteses ainda se acumulam. “Por que as espécies
de corpo menor estão mudando mais rapidamente é
desconhecido. Espécies maiores têm um risco maior
de extinção. Nossos resultados sugerem que o tamanho
grande do corpo pode exacerbar ainda mais o risco de extinção,
limitando o potencial de adaptação a mudanças
antropogênicas rápidas e contínuas.”,
explicam os pesquisadores.
Criado em 2015, dentro do setor
de pesquisa da Agência Ambiental Pick-upau, a Plataforma
Darwin, o Projeto Aves realiza atividades voltadas ao estudo e
conservação desses animais. Pesquisas científicas
como levantamentos quantitativos e qualitativos, pesquisas sobre
frugivoria e dispersão de sementes, polinização
de flores, são publicadas na Darwin Society Magazine; produção
e plantio de espécies vegetais, além de atividades
socioambientais com crianças, jovens e adultos, sobre a
importância em atuar na conservação das aves.
Da Redação,
com informações de agências internacionais.
Fotos: Reprodução/Pixabay |