19/04/2024
– Um estudo recente destacou que as colônias de pinguins-imperadores
(Aptenodytes forsteri) na Antártida estão
se deslocando para novos locais de reprodução devido
às mudanças drásticas nas condições
do gelo marinho ao longo da costa do continente. A pesquisa, conduzida
pelo pesquisador Peter Fretwell, do British Antarctic Survey (BAS),
revelou a descoberta de quatro novas colônias anteriormente
desconhecidas por meio de imagens de satélite.
A análise das imagens da
missão de satélite Copernicus Sentinel-2 da Comissão
Europeia, confirmadas por imagens de alta resolução
do satélite Maxar WorldView-3, revelou a presença
dessas novas colônias. A mudança mais significativa
ocorreu na colônia de Halley Bay, que foi reestabelecida
perto do MacDonald Ice Rumples, a leste do seu antigo local, devido
ao desprendimento da Plataforma de Gelo Brunt.
As condições instáveis
do gelo marinho desde 2016 têm levado os pinguins-imperadores
a buscar gelo mais estável, tornando seus antigos locais
de reprodução perigosos. Essa migração
é uma resposta à rápida e precoce perda de
gelo na região, que se agravou nos últimos anos.
A extensão mínima de gelo marinho na Antártida,
registrada nos últimos anos, atingiu níveis preocupantes,
indicando um ambiente cada vez mais hostil para essas aves.
Os pinguins-imperadores,
considerados "quase ameaçados" de extinção
pela União Internacional para a Conservação
da Natureza (IUCN), dependem do gelo estável firmemente
ligado à costa para criar seus filhotes. Se o gelo se rompe
antes que os filhotes estejam prontos, as consequências
podem ser devastadoras, levando à morte da maioria dos
filhotes.
Apesar da descoberta das novas
colônias, as perspectivas para as futuras populações
de pinguins-imperadores são sombrias, de acordo com o BAS.
O estudo destaca a importância de monitorar de perto essas
mudanças e implementar medidas de conservação
urgentes para proteger essas aves icônicas da Antártida.
Os pinguins-imperadores, os maiores
do mundo, enfrentam um futuro incerto à medida que as condições
ambientais continuam a se deteriorar. Suas migrações
em busca de locais de reprodução mais seguros são
um lembrete das sérias ameaças que enfrentam devido
às mudanças climáticas e à perda de
habitat.
Criado em 2015, dentro do setor
de pesquisa da Agência Ambiental Pick-upau, a Plataforma
Darwin, o Projeto Aves realiza atividades voltadas ao estudo e
conservação desses animais. Pesquisas científicas
como levantamentos quantitativos e qualitativos, pesquisas sobre
frugivoria e dispersão de sementes, polinização
de flores, são publicadas na Darwin Society Magazine; produção
e plantio de espécies vegetais, além de atividades
socioambientais com crianças, jovens e adultos, sobre a
importância em atuar na conservação das aves.
Da Redação, com
informações de agências de notícias
Fotos: Reprodução/Pixabay |