28/06/2024
– Um estudo liderado por Miriam Liedvogel, da Universidade
de Oldenburg, investigou os mecanismos de orientação
magnética das aves migratórias, destacando a importância
do criptocromo 4 como magnetorreceptor. Ao comparar os genomas
de centenas de espécies de aves, os pesquisadores encontraram
evidências de mudanças evolutivas significativas
nesse gene, especialmente em grupos de aves migratórias.
O estudo, publicado na revista
Proceedings of the Royal Society B: Biological Sciences, foi motivado
por pesquisas anteriores que identificaram o criptocromo 4 como
um possível sensor magnético nas aves migratórias.
Descobriu-se que essa proteína é altamente sensível
aos campos magnéticos, especialmente em aves como os tordos,
que são migratórias.
Analisando os genomas de 363 espécies
de aves, os pesquisadores observaram que o criptocromo 4 é
altamente variável, sugerindo sua importância na
adaptação a diferentes condições ambientais.
Em particular, nas aves canoras da ordem Passeriformes, a proteína
foi otimizada por meio de processos evolutivos rápidos,
indicando sua especialização como magnetorreceptor.
No entanto, algumas
aves tropicais, como papagaios, beija-flores e Tyranni (Suboscines),
perderam a capacidade de produzir o criptocromo 4 ao longo da
evolução. Isso levanta questões interessantes
sobre como algumas dessas aves se orientam durante a migração,
sugerindo a existência de outros mecanismos sensoriais ainda
não identificados.
Os pesquisadores planejam investigar
mais a fundo a orientação magnética nos tiranídeos
para entender melhor como elas se orientam sem o criptocromo 4.
Essas descobertas oferecem novos insights sobre a evolução
da magnetorrecepção nas aves migratórias
e destacam a importância de continuar pesquisando esses
fascinantes mecanismos de navegação.
Criado em 2015, dentro do setor
de pesquisa da Agência Ambiental Pick-upau, a Plataforma
Darwin, o Projeto Aves realiza atividades voltadas ao estudo e
conservação desses animais. Pesquisas científicas
como levantamentos quantitativos e qualitativos, pesquisas sobre
frugivoria e dispersão de sementes, polinização
de flores, são publicadas na Darwin Society Magazine; produção
e plantio de espécies vegetais, além de atividades
socioambientais com crianças, jovens e adultos, sobre a
importância em atuar na conservação das aves.
Da Redação,
com informações de agências internacionais
Matéria elaborada com auxílio de inteligência
artificial
Fotos: Reprodução/Pixabay |