26/08/2024
– Um estudo recente publicado no periódico Proceedings
of the National Academy of Sciences surpreendeu cientistas ao
revelar que o "maior beija-flor do mundo", conhecido
como Patagona gigas, na verdade consiste em duas espécies
diferentes. Pesquisadores do laboratório de Ornitologia
da Universidade Cornell, nos Estados Unidos, e de outras instituições
dos EUA e Peru conduziram a pesquisa, destacando que as duas espécies
são distintas tanto em termos genéticos quanto comportamentais,
apesar de sua semelhança física.
Chris Witt, da Universidade do
Novo México, explicou que as duas espécies de beija-flores
gigantes têm diferenças tão marcantes quanto
as observadas entre os chimpanzés e os bonobos. Enquanto
uma das espécies reside no norte durante todo o ano e permanece
nos altos da Cordilheira dos Andes, a outra migra do sul para
altitudes elevadas de até cerca de 4.200 metros durante
os meses não reprodutivos.
Embora visualmente semelhantes,
os genomas e comportamentos das duas espécies revelam suas
distinções. Jessie Williamson, autora principal
do estudo, enfatizou que a análise genômica revelou
diferenças significativas entre as duas populações,
surpreendendo os pesquisadores.
Inicialmente, o estudo visava
rastrear as migrações de aves, utilizando geolocalizadores
e transmissores de satélite. Os pesquisadores conseguiram
rastrear oito beija-flores migrando até 8.300 quilômetros
da costa chilena até os Andes do Peru, evidenciando uma
das migrações mais longas registradas para a espécie.
A equipe de pesquisa
propôs nomes comuns para diferenciar as espécies,
como beija-flor gigante do norte e beija-flor gigante do sul.
A espécie migrante do sul manterá o nome científico
Patagona gigas, enquanto a população do norte poderá
ser denominada Patagona chaski.
Emil Bautista, coautor do estudo,
descreveu os desafios enfrentados durante a pesquisa, destacando
a observação aguçada e o conhecimento territorial
dos beija-flores gigantes. Ele enfatizou a necessidade de estratégia
ao capturar essas aves, dadas suas habilidades de vigilância.
A equipe de pesquisa planeja continuar
investigando essas espécies de beija-flores, especialmente
para compreender melhor suas migrações dramáticas
e as adaptações fisiológicas que as permitem.
Jessie Williamson expressou interesse em explorar como essas aves
realizam mudanças tão drásticas na elevação
durante a migração, comparando-as a alpinistas em
miniatura.
Criado em 2015, dentro do setor
de pesquisa da Agência Ambiental Pick-upau, a Plataforma
Darwin, o Projeto Aves realiza atividades voltadas ao estudo e
conservação desses animais. Pesquisas científicas
como levantamentos quantitativos e qualitativos, pesquisas sobre
frugivoria e dispersão de sementes, polinização
de flores, são publicadas na Darwin Society Magazine; produção
e plantio de espécies vegetais, além de atividades
socioambientais com crianças, jovens e adultos, sobre a
importância em atuar na conservação das aves.
Da Redação,
com informações de agências internacionais
Matéria elaborada com auxílio de inteligência
artificial
Fotos: Reprodução/Pexels |