10/09/2024
– Uma nova pesquisa publicada na revista Biological Invasions
sugere que a remoção em grande escala de plantas
invasoras pode não trazer os benefícios esperados
para as populações de aves. O estudo, realizado
por pesquisadores em Connecticut, EUA, revela que algumas das
plantas invasoras mais criticadas nas florestas do nordeste dos
EUA podem ser tão valiosas para os pássaros quanto
as plantas nativas.
A equipe de pesquisa do Centro
de Pesquisa Ecológica e Reserva Natural Great Hollow e
da Universidade Wesleyan conduziu um experimento abrangente para
comparar a biomassa de artrópodes e a intensidade de forrageamento
de aves entre plantas invasoras não nativas e espécies
nativas em uma reserva florestal de Connecticut.
Surpreendentemente, os resultados
indicaram que as plantas invasoras eram comparáveis às
nativas em seu valor como recursos de alimentação
para aves. A biomassa dos artrópodes e o conteúdo
proteico foram semelhantes entre as espécies nativas e
não-nativas, e as aves se alimentaram tão intensamente
nas plantas não-nativas quanto nas nativas.
A madressilva não nativa
se destacou por sua alta biomassa e qualidade de presas, enquanto
a bérberis japonesa teve classificação mais
baixa. Esses resultados desafiam a visão convencional de
que todas as plantas invasoras são prejudiciais à
vida selvagem.
O Dr. Chad Seewagen,
um dos pesquisadores do estudo, ressaltou a importância
de não presumir que as plantas invasoras são recursos
inferiores para as aves em comparação com as plantas
nativas. Ele enfatizou que uma abordagem mais matizada ao manejo
de plantas invasoras é necessária, levando em consideração
os serviços que essas plantas fornecem no contexto da comunidade
de plantas nativas.
Essas descobertas têm implicações
significativas para a gestão de habitats naturais, sugerindo
que esforços caros de remoção de plantas
invasoras podem não ser justificados em todos os casos.
O estudo destaca a necessidade de uma avaliação
cuidadosa do valor ecológico das plantas invasoras antes
de implementar medidas de controle em larga escala.
Criado em 2015, dentro do setor
de pesquisa da Agência Ambiental Pick-upau, a Plataforma
Darwin, o Projeto Aves realiza atividades voltadas ao estudo e
conservação desses animais. Pesquisas científicas
como levantamentos quantitativos e qualitativos, pesquisas sobre
frugivoria e dispersão de sementes, polinização
de flores, são publicadas na Darwin Society Magazine; produção
e plantio de espécies vegetais, além de atividades
socioambientais com crianças, jovens e adultos, sobre a
importância em atuar na conservação das aves.
Da Redação,
com informações de agências internacionais
Matéria elaborada com auxílio de inteligência
artificial
Fotos: Reprodução/Pixabay |