Força-tarefa combate crimes ambientais na Terra Indígena Araribóia

Brasília (14/11/07) – Uma operação conjunta do Ibama, Fundação Nacional do Índio (Funai), Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Militar e Exército Brasileiro combate atividade madeireira ilegal na Terra Indígena Araribóia, no oeste do estado do Maranhão. Deflagrada no início do mês, a ação envolve 210 agentes e já resultou no fechamento de 17 serrarias nas cidades de Arame e Amarante, localizadas no entorno da terra indígena, e na apreensão de 10 caminhões carregados de madeira sem procedência, 06 tratores e 05 motosserras.

Os policiais prenderam 13 pessoas flagradas por crime ambiental e porte ilegal de arma. Sobrevôos do Helicóptero da Polícia Rodoviária Federal sobre a área norte da terra indígena identificaram várias áreas de plantio de maconha. Até o momento já foram erradicados 5 mil pés. Durante a destruição de uma roça, dois traficantes trocaram tiros com a Polícia Rodoviária Federal em um local próximo à Aldeia Cari, a 86 quilômetros do município de Bom Jesus da Selva. Um deles foi baleado e morreu a caminho do hospital de Açailândia. O outro fugiu para a mata da terra indígena. O homem que foi morto carregava 81 quilos de maconha beneficiada e duas armas, uma espingarda calibre 16 e um rifle calibre 22.

Também foram observadas uma grande quantidade de madeira estocada ilegalmente no meio da floresta. Fiscais do Ibama vão medir e apreender os lotes. Apenas numa fazenda localizada entre as terras indígenas Araribóia e Governador, foram encontradas 2 mil estacas de madeira de espécies nativas sem origem legal e uma carvoaria clandestina. O proprietário da Fazenda foi multado em R$ 6,6 mil. A madeira será recolhida e ficará sob a custódia da Funai. “Com a chegada do Exército, vamos realizar ações ostensivas de fiscalização nas estradas que dão acesso à mata, assegura Flávio Montiel, diretor de Proteção ambiental do Ibama.

A Terra Indígena Araribóia tem sido palco de grande tensão entre madeireiros e índios. Há cerca de 15 dias, houve confronto armado entre índios e homens encapuzados que transportavam madeira. Dois índios foram assassinados. Em outros casos, índios estão sob suspeita de participarem das atividades ilegais na região. Segundo a coordenadora de proteção às terras indígenas da Funai, Thaís Gonçalves, “o índio pego em flagrante delito será tratado com o mesmo rigor que os brancos infratores”.

Na área de 413 mil hectares da T.I. Araribóia vivem cerca de 8 mil índios da etnia Guajajara e 50 isolados da etnia Guajá.

 
 
Fonte: Ibama
 
 
 
 

 

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