Pesticidas
usados em antipulgas podem matar filhotes de aves, diz pesquisa
Estudo
indica que contaminação química em
ninhos pode causar a mortes de várias espécies
31/10/2024 – Uma pesquisa
publicada na revista Science of the Total Environment revelou
que produtos químicos usados no tratamento de pulgas
e carrapatos em cães e gatos estão contaminando
ninhos de aves. Cientistas da Universidade de Sussex encontraram
pesticidas em todos os ninhos analisados, o que estaria
provocando a morte de filhotes e o declínio das populações
de aves canoras, como canários, sabiás e bem-te-vis.
Cientistas descobriram que
aves como chapim-azul e chapim-real usam pelos de cães
e gatos para forrar seus ninhos, o que leva ao acúmulo
de pesticidas como o fipronil e o imidacloprido. O fipronil,
proibido na União Europeia para uso agrícola,
ainda é amplamente utilizado em tratamentos veterinários.
Já o imidacloprido, proibido para uso em plantações
desde 2018, também é permitido para animais
de estimação. O estudo detectou 17 dos 20
pesticidas testados, e nos ninhos com maior presença
desses produtos, observou-se uma maior taxa de ovos não
chocados e filhotes mortos. No Reino Unido, mais da metade
das aves canoras está ameaçada ou em declínio.
As descobertas aumentam
a preocupação sobre os impactos dos pesticidas,
que já estavam ligados à contaminação
de rios após banhos de animais. Estudos anteriores
indicam que donos de animais podem transferir esses químicos
para suas mãos até 28 dias após a aplicação.
Os pesquisadores recomendam
que tratamentos contra pulgas e carrapatos sejam usados
apenas em animais que realmente tenham parasitas, e não
de forma preventiva. Eles também pediram ao governo
britânico uma reavaliação das regulamentações
sobre esses pesticidas, alertando que o impacto ambiental
pode ser maior do que o registrado. No entanto, ainda não
há previsão de restrições para
o uso veterinário desses produtos químicos.
Criado em 2015, dentro do
setor de pesquisa da Agência Ambiental Pick-upau,
a Plataforma Darwin, o Projeto Aves realiza atividades voltadas
ao estudo e conservação desses animais. Pesquisas
científicas como levantamentos quantitativos e qualitativos,
pesquisas sobre frugivoria e dispersão de sementes,
polinização de flores, são publicadas
na Darwin Society Magazine; produção e plantio
de espécies vegetais, além de atividades socioambientais
com crianças, jovens e adultos, sobre a importância
em atuar na conservação das aves.
Da Redação,
com informações de agências internacionais
Matéria elaborada com auxílio de inteligência
artificial
Fotos: Reprodução/Pixabay