Oceanos
estão ficando mais escuros e isso pode ser um grande
problema
Grandes
áreas dos oceanos escureceram nas últimas
duas décadas, relata estudo
03/11/2025 – Entre
2003 e 2022, pesquisadores identificaram um escurecimento
significativo em mais de 21% das águas oceânicas,
afetando cerca de 75 milhões de km². Esse fenômeno,
revelado por dados de satélites e modelagem numérica,
impacta a zona fótica — região dos oceanos
onde incide luz solar e que é vital para a vida marinha
—, podendo trazer sérias consequências
para o ecossistema oceânico.
Segundo o Dr. Thomas Davies,
os resultados do estudo sobre o escurecimento dos oceanos
são alarmantes, pois ameaçam os ecossistemas
marinhos, a pesca global e o equilíbrio do ciclo
de carbono e nutrientes. A zona fótica, essencial
para a vida marinha e responsável por quase metade
do oxigênio do planeta, está encolhendo: em
9% dos oceanos, tornou-se 50 metros mais rasa, e em 2,6%,
perdeu 100 metros de profundidade. Isso força os
organismos marinhos a se concentrarem mais próximo
da superfície, aumentando a competição
e o estresse ambiental.
O escurecimento dos oceanos
ocorre principalmente pela redução da penetração
da luz, comum em regiões costeiras devido ao transporte
de nutrientes e sedimentos da terra para o mar. Em áreas
mais afastadas da costa, o fenômeno está ligado
ao aquecimento global e às mudanças nas correntes
oceânicas. Apesar dessa tendência, cerca de
10% do oceano global — aproximadamente 37 milhões
de km² — ficaram mais claros no período
analisado, como em áreas a oeste da Irlanda, onde
se observou maior luminosidade em contraste com o escurecimento
do mar mais distante.
O escurecimento dos oceanos
é uma tendência preocupante, segundo os pesquisadores,
pois pode desestabilizar cadeias alimentares, alterar a
distribuição das espécies e comprometer
a biodiversidade e a regulação climática.
O professor Oliver Zielinski destaca que os mares costeiros
são especialmente vulneráveis devido à
intensa atividade humana. O estudo enfatiza a importância
de monitorar essas mudanças, que podem causar impactos
profundos e duradouros nos ecossistemas marinhos e nas populações
humanas que deles dependem.
Da Redação,
com informações de agências internacionais
Matéria elaborada com auxílio de Inteligência
Artificial
Fotos: Reprodução/Pixabay