Tubarões,
às vezes, podem morder humanos em autodefesa, diz
estudo
Pesquisadores
da França e Estados Unidos dizem que mordidas são
instinto de sobrevivência
07/11/2025 – Um estudo
de pesquisadores da França e dos EUA concluiu que
mordidas de tubarões em humanos muitas vezes ocorrem
como forma de defesa, especialmente em resposta a ações
humanas percebidas como ameaças. A pesquisa analisou
registros dos últimos 60 anos na Polinésia
Francesa, região que abriga mais de 30 espécies
de tubarões.
Segundo o autor Eric Clua,
essas mordidas são uma expressão do instinto
de sobrevivência dos animais e não devem ser
vistas como ataques intencionais. A responsabilidade, nesses
casos, deve ser reconsiderada, isentando o tubarão
de culpa.
O estudo identificou mordidas
de tubarões que ocorreram em resposta a ações
humanas agressivas, como pesca submarina ou tentativas de
contato físico. Entre 2009 e 2023, foram registradas
74 mordidas na região analisada, das quais quatro
foram provavelmente motivadas por autodefesa.
O pesquisador Eric Clua
ressaltou que os tubarões, na verdade, são
cautelosos e geralmente têm medo de humanos. No entanto,
quando reagem em legítima defesa, podem usar força
excessiva, causando danos maiores do que o necessário
para se proteger.
O estudo destaca que a reação
desproporcional dos tubarões ao se defenderem é
resultado do instinto de sobrevivência, e não
de qualquer intenção de vingança. Os
pesquisadores afirmam que os tubarões agem de forma
pragmática, com foco na autopreservação.
Rotular todas as mordidas
como ataques é uma abordagem simplista que prejudica
a imagem dos tubarões e dificulta seus esforços
de conservação, que dependem do apoio público.
Para evitar incidentes, os especialistas recomendam evitar
ações que possam ser interpretadas como ameaçadoras,
inclusive tentativas de interação com animais
encalhados.
Clua alerta que não
se deve interagir fisicamente com tubarões, mesmo
que pareçam inofensivos ou estejam em perigo, pois
eles podem interpretar o contato como agressão e
reagir defensivamente. Evitar o toque é uma atitude
sensata e demonstra respeito por esses animais potencialmente
perigosos.
Da Redação,
com informações de agências internacionais
Matéria elaborada com auxílio de Inteligência
Artificial
Fotos: Reprodução/Pixabay