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AMBIENTALISTA DIZ QUE 98%
DOS DESMATAMENTOS OCORRIDOS EM 2003 NO PARÁ
FORAM ILEGAIS
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Março de 2005
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15/03/2005 - O gerente
de projetos do Greenpeace em Manaus, Nilo d'Ávila,
afirmou hoje que, em 2003, 98% dos desmatamentos
ocorridos no Pará foram ilegais. A informação
é fruto de um cruzamento entre os índices
de florestamento medidos pelo Instituto Nacional
de Pesquisas Espaciais (Inpe) e as autorizações
de desmatamento fornecidas pelo Instituto Brasileiro
do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis
(Ibama).
Segundo Nilo, o grande aliado do desmatamento é
a grilagem. Ambos têm agora mais um parceiro:
a internet. De acordo com relatório divulgado
pelo Greenpeace sobre a cybergrilagem na Amazônia,
há sete corretoras virtuais vendendo 11 milhões
de hectares de floresta. "É a tecnologia
a favor do crime. É bem claro, pela descrição
dos anúncios, o conhecimento baseado em imagens
de satélite e coordenadas geográficas.
Então, o que fica explícito para a
gente é que em muitos dos anúncios
o dito dono nem pisou na área", afirmou
Nilo.
Se os vilões já são conhecidos,
as vítimas também têm identidade:
são os agricultores familiares, extrativistas,
os povos indígenas e os ribeirinhos que habitam
a Amazônia. "O impacto maior da grilagem
tem sido sobre as populações tradicionais.
Na gleba Pacoval, em Santarém, no Pará,
considerada o novo Eldorado para a soja na Amazônia,
nos últimos dois meses, pelo menos 30 casas
foram queimadas. As famílias foram expulsas
da sua propriedades", denunciou Nilo d'Ávila.
Fonte: Agência Câmara
(www.agencia.camara.gov.br)
Assessoria de imprensa (Thaís Brianezi)