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FÓRUM PAULISTA DE
MUDANÇAS CLIMÁTICAS DISCUTE
PROJETOS DE SEQÜESTRO DE CARBONO
Panorama
Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Junho de 2005
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José Jorge
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01/06/2005
O Fórum Paulista de Mudanças
Climáticas Globais e de Biodiversidade,
criado em fevereiro pelo Governo do Estado,
realizou nesta terça-feira (31/5),
a 1ª Reunião Técnica da
Câmara Temática sobre Metodologia
de Projetos Florestais de Seqüestro de
Carbono. O evento, realizado na Secretaria
do Meio Ambiente do Estado, contou com a participação
de Suani Teixeira Coelho, secretária-adjunta
do Meio Ambiente, Luiz Pinguelli Rosa, secretário-executivo
do Fórum Brasileiro de Mudanças
Climáticas,e Luiz Gylvan Meira Filho,
do Instituto de Estudos Avançados da
Universidade de São Paulo e membro
da Junta Executiva do Mecanismo de Desenvolvimento
Limpo - MDL, do Protocolo de Kyoto, além
de representantes de diversas organizações
não-governamentais, entre outros. O
encontro foi
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coordenado pelo secretário-executivo
do Fórum Paulista de Mudanças
Climáticas Globais e de Biodiversidade,
Fábio Feldmann.
O Fórum Paulista, da mesma forma
que o Fórum Brasileiro de Mudanças
Climáticas, criado pelo Governo
Federal em 2000, tem o objetivo de conscientizar
e mobilizar a sociedade acerca dos problemas
decorrentes da mudança do clima
em função dos gases de efeito
estufa e das metas estabelecidas pelo
Protocolo de Kyoto para a redução
das emissões em todo o mundo.
No encontro de hoje, após ouvir
representantes do Instituto Florestal,
Fundação Florestal e Instituto
de Botânica, vinculados à
Secretaria do Meio Ambiente, sobre a necessidade
de criação de mecanismos
de proteção para os recursos
hídricos e a vegetação
nativa em São Paulo, o secretário-executivo
do fórum sugeriu a criação
de uma câmara temática sobre
o tema, com a participação
das três instituições.
MDL
Em sua exposição,
o professor Luiz Gylvan Meira Filho lembrou
que a principal questão, suscitada
pelos economistas, é o enorme gasto
que representa a concretização
das ações para se alcançar
a estabilização das emissões
dos gases de efeito estufa. “Eles dizem
que isso custa muito caro”, afirmou. Nesse
contexto, Meira defendeu o Mecanismo de
Desenvolvimento Limpo - MDL, um sistema
que permite a países industrializados
alcançarem suas metas de redução
de emissões por meio do financiamento
de projetos “limpos” nos países
em desenvolvimento.
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Em
alguns casos, explicou, o MDL pode implementar
políticas públicas já
delineadas, mas não efetivadas em
função de dificuldades diversas.
Como exemplo, lembrou a recuperação
e preservação de matas ciliares,
que já conta com iniciativas da Secretaria
do Meio Ambiente, mas que poderia receber
incentivos provenientes do sistema.
Ao final, enfatizou a importância
de todos os países se convencerem
de que não poderão aumentar
as emissões indefinidamente: “O único
jeito de estabilizar as concentrações
é estabilizando as emissões”.
Para o secretário-executivo do Fórum
Brasileiro de Mudanças Climáticas,
Luiz Pinguelli Rosa, uma das dificuldades
para implementar ações mais
efetivas em âmbito nacional reside
no processo de integração
dos fóruns nacional e estaduais. |
José
Jorge
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Em sua opinião, é preciso
buscar equilíbrio no relacionamento
político com o governo brasileiro,
procurando caminhos para sensibilizá-lo
e estimulá-lo para as ações
necessárias, sem confrontá-lo,
evitando o risco de tornar inócuas
as discussões realizadas.
Por seu lado, o representante do Fórum
Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais
para Meio Ambiente e Desenvolvimento, Rubens
Harry Born, lembrou que um dos principais
debates levados a cabo no momento é
sobre os benefícios do MDL para o
clima e a biodiversidade. Os debates, segundo
Born, deverão ajudar a preparar o
país na definição das
metas a serem cumpridas.
Rodrigo Mendonça, do Instituto Vidágua,
de Bauru, questionou o modo como se dará
a participação social nos
projetos de MDL e expressou sua percepção
acerca da falta de preparo, tanto da sociedade
como do governo, para lidar com as questões
técnico-científicas que deverão
subsidiar as políticas públicas
relativas ao assunto.
Paulo Moutinho, do Instituto de Pesquisas
da Amazônia - IPAM e Observatório
do Clima, deu como exemplos a existência
de um fórum indígena de mudanças
climáticas e a convergência
entre todos os atores envolvidos com o tema,
para embasar sua opinião de que a
sociedade brasileira “evoluiu muito” na
discussão da questão, que
conforme lembrou inclui a informação
de que 70% das emissões de gases
do efeito estufa se dá devido ao
desmatamento. |
Fonte: Secretaria
Estadual do Meio Ambiente de São Paulo
(www.ambiente.sp.gov.br)
Assessoria de imprensa (Mário Senaga)
Fotos: José Jorge
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