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ESPECIALISTAS DISCUTEM
LISTA DE ESPÉCIES DA FLORA BRASILEIRA
AMEAÇADAS DE EXTINÇÃO
Panorama
Ambiental
Belo Horizonte (MG) – Brasil
Junho de 2005
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(07/02/05)- Um grupo
de especialistas da flora brasileira estará
reunido em Belo Horizonte-MG, no hotel Ouro Minas,
de hoje (7) até sábado para a revisão
e definição da lista da flora brasileira
ameaçada de extinção. Também
chamadas de listas vermelhas, elas são um
importante instrumento de gestão ambiental
por possibilitarem o estabelecimento de programas
prioritários para proteção
da biodiversidade. As informações
contidas nestes documentos fornecem subsídios
para a formulação de políticas
de criação de unidades de conservação,
fiscalização e definição
sobre a aplicação de recursos técnicos,
científicos, humanos e financeiros em estratégias
de recuperação da flora ameaçada.
Pesquisadores do Ibama e de várias universidades,
museus, jardins botânicos do Brasil e do exterior
e outras organizações trabalharam
durante 10 meses no levantamento das espécies
ameaçadas. Foi realizada uma consulta ampla
na qual foram indicadas as espécies que compõem
a lista prévia. Esta foi amplamente analisada
pelos especialistas e interessados através
de um banco de dados on line, desenvolvido pela
Fundação Biodiversitas, coordenadora
executiva do projeto, com o propósito de
facilitar a consulta.
As espécies ameaçadas são classificadas
a partir de critérios adotados pela União
Mundial para a Natureza (IUCN). São evidenciadas
pelo isolamento e/ou declínio populacional
e extensão de suas áreas de ocorrência.
Concluídos esses dados, as espécies
são agrupadas nas seguintes categorias: Dados
Deficientes, Quase Ameaçadas, Vulneráveis,
Em Perigo, Criticamente em Perigo, Extintas na Natureza
e Extintas.
Após concluída, a lista deverá
ser aprovada pelo Ministério do Meio Ambiente
que a tornará oficial através de portaria.
A lista em vigor da flora brasileira ameaçada
de extinção foi oficializada em 1992,
pela portaria nº37-N, de 3 de abril.
A flora
Os trabalhos serão
inicialmente realizados em seis grupos:
Briófitas
– Conhecidas como musgos e hepáticas, essas
plantas geralmente vivem nos ramos de outras, mas
sem parasitá-las, apresentam tamanhos de
alguns milímetros de comprimento e vivem
em lugares úmidos. No Brasil existem 3.125
taxons de briófitas documentados.
Pteridófitas
– Esse grupo que inclui as samambaias é um
importante componente da flora da mata atlântica
sendo fundamental para o desenvolvimento e estabelecimento
de outros grupos de vegetais e animais. Outros exemplos
são as avencas e os samambaiaçus ou
xaxins.
Gimnospermas – De ocorrência mais rara, são
os pinheiros e abetos aparecem em número
reduzido também no Brasil. Nosso exemplo
mais comum é o Pinheiro-do-Paraná.
Monocotiledôneas
– Ex. orquídeas e bromélias e Dicotiledôneas
– pau-brasil, cactos, ipês e muitos outros.
São mais conhecidas como plantas com flores
vão desde ervas até árvores
de grande porte e compõem a maioria esmagadora
da flora mundial. O Brasil abriga cerca de 60 mil
espécies .
A programação
Na mesa de abertura
dos trabalhos hoje ( 7), às 14horas, o Ministério
do Meio Ambiente estará representado por
Paulo Kageyama, diretor do Programa Nacional de
Conservação da Biodiversidade e o
Ibama pelo coordenador de Florestas Nacionais, Adalberto
Meira. Também vai compor a mesa Luiz Haddad,
presidente da Fundação Biodiversitas,
coordenadora executiva do evento.
Fonte: Ibama (www.ibama.gov.br)
Janete Porto