Durante
os próximos quatro anos, a SMA deverá
estruturar e promover serviços e atividades
de lazer para a visitação pública
em seis parques estaduais, incrementando o
potencial de atração para diferentes
públicos; apoiar a consolidação
de uma cadeia de serviços turísticos
no entorno destes parques, com a participação
das comunidades locais; e fortalecer a gestão
pública para o ecoturismo nas unidades
de conservação, por meio de
capacitação de pessoal, estabelecendo
normas de controle e regulamentação
da atividade turística.
A escolha dos parques considerou duas importantes
regiões de conservação
da Mata Atlântica - o Vale do Ribeira
e o Litoral Norte -, onde foram selecionados
os parques estaduais Carlos Botelho, Ilha
do Cardoso, Intervales, Jacupiranga, Turístico
do Alto Ribeira e Ilhabela.
O projeto considera a realidade de alguns
municípios do Vale do Ribeira, que
registram IDH - Índice de Desenvolvimento
Humano dos mais baixos no Estado, justificados
com a argumentação de que a
conservação ambiental impede
o desenvolvimento socioeconômico. O
Litoral Norte, ao contrário, já
recebe um grande fluxo de turistas e passa
por um rápido crescimento dos setores
turístico e imobiliário. Neste
caso, as ações serão
de ordenamento e regulamentação,
tanto na zona terrestre quanto na marítima.
As duas regiões, portanto, terão
abordagens distintas na implantação
do projeto, que prevê assistência
técnica e capacitação
para assegurar que os empreendedores locais
e as comunidades organizadas sejam os maiores
beneficiários.
A partir de estudos encomendados pela SMA,
foi possível definir como os investimentos
deverão se distribuídos. Além
da revitalização e construção
de equipamentos para a prática de atividades
ecoturísticas, como trilhas terrestres,
trilhas suspensas, mirantes e centros de interpretação
ambiental, haverá também a melhoria
e ampliação de meios de hospedagem,
serviços de alimentação,
venda de artesanatos e outros serviços
voltados aos turistas.
A intenção da equipe que desenvolveu
o programa é formar um mosaico de aspectos
da Mata Atlântica a partir do conjunto
dos parques, com suas particularidades ambientais
e sociais. "Desta forma pretendemos reforçar
a imagem de uma expedição pela
Mata Atlântica, construindo um produto
a ser visitado a longo prazo, associando lazer
e conhecimento", ressalta o biólogo
Sérgio Salazar Salvati, coordenador
do grupo de trabalho que desenvolveu o programa.
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