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IBAMA ESPERA CONTROLAR FOGO NO PARQUE NACIONAL DAS EMAS

Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Setembro de 2005

07/09/2005 - Florestais (PrevFogo) hoje ao Parque Nacional das Emas, no sul de Goiás, o diretor do programa, Heloisio Bueno Figueiredo, calcula que o incêndio na área seja controlado em 72 horas. Figueiredo estima que o fogo tenha atingido 35% dos 130 mil hectares do parque.

"Se não houver nenhuma ação humana, nem da natureza, acreditamos controlar rapidamente", avaliou. De acordo com o diretor do PrevFogo, a intenção é proteger os outros 65% não atingidos para que se garanta refúgio para os animais. O fogo controlado, ressaltou Figueiredo, não significa fogo extinto. "O fogo controlado significa que está circunscrito a uma área e que está sob controle", explica o diretor do programa, que atua em todas as Unidades de Conservação sob responsabilidade do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

A equipe de 40 homens que, desde maio, agia preventivamente para evitar o fogo no parque, conta com aliados que antes eram tidos como os maiores causadores das primeiras faíscas, os agricultores. Localizado próximo ao município de Rio Verde, conhecido pela agricultura em expansão, o Parque Nacional das Emas, anteriormente, era atingido pelo fogo usado pelos produtores para preparar o solo para o plantio.

Hoje, conforme Figueiredo, os agricultores usam o Plantio Direto. Nesse sistema, a palha da safra anterior serve de adubo para a safra plantada. "O fogo consome a palha e, com isso, tivemos que controlar antes os limites do parque para não atingir a produção. Os prejuízos seriam ainda maiores, afirma. O parque é o último remanescente de vegetação nativa no sul de Goiás.

Figueiredo lamenta que os danos à vegetação (flora) e aos animais (fauna) já sejam de grande extensão. "Vai afetar principalmente a fauna, muitos animais não conseguem escapar do fogo", constata. Segundo o diretor do PrevFogo, a estação atual é época de reprodução de vários animais, principalmente das aves. "A gente procura fazer com que haja refúgio para essa fauna, como matas ciliares (em torno dos rios), veredas e áreas de campo, que não se queimam. Mas os que estão se reproduzindo não conseguem fugir", observa.

Entre as principais espécies que vivem no Parque Nacional das Emas estão, segundo Figueiredo: ema, siriema, codorna, juriti, pomba, cervos, veados, tamanduá, porco-do-mato, onça, tatus, lagartos, suçuarana, gato-do-mato, anta, capivara, paca, cotia, lobo-guará, cobras e insetos.
07/09/2005

Especialistas do Ibama chegam ao Parque Nacional das Emas para auxiliar no controle de incêndio

Uma aeronave do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais(PrevFogo) sai hoje de Brasília para combater o fogo no Parque Nacional das Emas, no sul de Goiás. O PrevFogo atua em todas as Unidades de Conservação sob responsabilidade do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). De acordo com o diretor do programa, Heloisio Bueno Figueiredo, estima-se que o fogo tenha atingido 35% dos 130 mil hectares do parque.

Segundo Figueiredo, são 45 mil hectares de cerrado, uma área equivalente a mais de 60 mil campos de futebol, que ardem desde o último dia 31. "Os incêndios começaram, simultaneamente, em oito pontos do parque, devido a causas naturais. Uma tempestade de raios atingiu a área do parque e o fogo rapidamente se alastrou", conta Figueiredo. Os 45 mil hectares foram queimados em apenas quatro dias, devido à velocidade com o que o fogo se espalhou. De acordo com o diretor do programa, esse comportamento do fogo se explica devido à alta temperatura, baixa umidade e ventos fortes que marcam a região.

Uma equipe de 40 homens do PrevFogo vem fazendo o controle por terra, desde o início do fogo. Em maio, eles chegaram a fazer aceiros de 100 metros de largura. Aceiros são faixas de onde se retira a vegetação para que o fogo não se alastre. Mas, devido à velocidade do fogo e suas características, a medida não foi suficiente para conter o incêndio.

Segundo Figueiredo, áreas de grande extensão precisam de uma ação especializada. Hoje, chegam ao parque seis especialistas, treinados nos Estados Unidos. Dois vão na aeronave, para estimar o tamanho real da área afetada. "Só a partir de então, teremos um dado oficial da área atingida pelo fogo. Os 35% são só uma estimativa", calcula ele.

Os outros quatro especialistas vão por terra e levam mais equipamentos de combate ao fogo, como motobombas importadas do Canadá, país com larga experiência no combate ao fogo em áreas de vegetação, segundo Figueiredo. As motobombas foram adquiridas pelo PrevFogo no ano passado e são capazes de bombear água a uma distância de até quatro quilômetros. "Isso nos permitirá controlar o fogo, sem ter que percorrer distâncias muito grandes. O acesso, muitas vezes, é muito difícil na mata", relata o diretor do PrevFogo.

A vegetação do Parque Nacional das Emas é composta, em 80%, por gramíneas de pequeno e médio porte, uma típica vegetação de Cerrado. O capim-flecha predomina no parque e chega a alcançar três metros de altura, no máximo. Essa característica faz com que a velocidade do fogo gere correntes de convexão e forme redemoinhos. "Com isso, são lançadas brasas e galhos queimados a uma distância de 200 metros. É mais um fator que faz com que o fogo se alastre", diz.

Fonte: Agência Brasil – Radiobras (www.radiobras.gov.br)
Lana Cristina

 
 
 
 

 

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